Fim da linha?

Denúncia contra Temer paralisa Congresso Nacional

Câmara suspendeu a sessão extraordinária da quarta-feira; senadores da oposição pretendem protocolar pedido de impeachment

Jefferson Rudy/Agência Senado

Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que os senadores da oposição se reuniriam na noite de quarta-feira (17) para formular um pedido de impeachment de Temer

As denúncias veiculadas nesta quarta-feira (17) de que Michel Temer teria sido gravado dando aval para que fosse “comprado” o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato, repercutiram no Congresso Nacional.

Na Câmara dos Deputados, a segunda sessão extraordinária do dia foi encerrada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia. Logo que as notícias foram veiculadas pela internet, parlamentares foram à tribuna do plenário para comentar o episódio. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que a Câmara não poderia votar medidas provisórias “editadas por um governo desmoralizado por toda a mídia”.

Alessandro Molon (Rede-RJ) protocolou na secretaria-geral da Mesa um pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade. Já o deputado Esperidião Amin (PP-SC), que é relator da admissibilidade da PEC 227/16, que permite eleições diretas para a presidência da República, apresentou pedido de urgência para que o projeto possa ser votado no colegiado.

No Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que os senadores da oposição se reuniriam na noite de hoje para formular um pedido de impeachment do presidente Michel Temer.

Em nota, Temer diz que “defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados”.

Com informações da Agência Senado e da Agência Câmara