Perseguição a Lula

Deputados pedem processo para apurar omissão de Alexandre de Moraes

Petição foi protocolada na Comissão de Ética da Presidência da República contra ​os delegados federais Igor Romário de ​Paula​ e Maurício Moscardi Grillo e seu chefe, o ministro da Justiça

Antonio Cruz/ Agência Brasil

Omissão do ministro Alexandre de Moraes é manifesta quanto à antiética atuação dos servidores, diz petição

São Paulo – Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), além do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), assinam  representação à Comissão de Ética da Presidência da República contra ​os delegados federais Igor Romário de ​Paula​ e Maurício Moscardi Grillo, por violação do Código de Ética da Polícia Federal, caracterizadas por suas condutas em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além dos policiais, os parlamentares pedem a abertura de processo para apurar a conduta do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, por omissão em relação a seus subordinados.

“No que se refere à atabalhoada e antiética atuação dos servidores (os policiais), a omissão do ministro Alexandre de Moraes é manifesta”, diz a petição. Segundo a argumentação, “a inação do ministro com relação aos servidores lotados em sua pasta gera necessidade da devida apuração da infração ética”. “Será protocolada cópia do presente pedido de abertura de procedimento disciplinar na Procuradoria Geral da República, para apuração de eventual prática de crime por parte dos servidores mencionados”, afirmam os deputados.

Coordenador da Operação Lava Jato, Moscardi Grillo disse à revista Veja, em 14 de janeiro, que “houve um tempo em que os investigadores tinham provas, áudios e indícios que poderiam caracterizar tentativa de obstrução da Justiça por parte do ex-presidente”, mas que hoje “os elementos que justificariam um pedido de prisão preventiva não são tão evidentes”. A Lava Jato perdeu o “timing”, disse o delegado.

Já no dia 21 de janeiro, Igor Romário de Paula declarou, ao portal Uol, que “esse timing pode ser daqui a 30, a 60 dias”.

Os deputados petistas dizem ainda que as entrevistas deixam claro “a pretensão de prendê-lo (Lula) com base em idiossincrasias”. Segundo eles, “o uso do termo ‘timing’ remete a uma realidade externa ao processo, relacionada a uma possível conjuntura política adequada à prisão do investigado, que não poderia influenciar a atuação da PF”.

Leia também

Últimas notícias