pós-golpe

Breno Altman: ‘Novas frentes populares podem reconstruir força progressista’

Segundo o jornalista e pesquisador, durante o movimento de resistência ao impeachment de Dilma, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo tornaram-se alternativa para a esquerda do Brasil

CC MIDIA NINJA

Em 2016, frentes populares conseguiram mobilizar milhares de pessoas em resistência ao golpe

São Paulo –  Durante o “Encontro Internacional pela Democracia e Contra o Golpe no Brasil”, em Amsterdã, na Holanda, no último domingo (29), o pesquisador e jornalista Breno Altman fez uma análise sobre como o impeachment de Dilma Rousseff viabilizou uma possível nova frente das esquerdas no Brasil.

Em entrevista ao correspondente internacional Flavio Aguiar, da TVT, Altman explica que a resistência contra o golpe, em 2016, mostrou que há a capacidade das forças progressistas se reorganizarem. “Durante a resistência ao impeachment da presidenta Dilma, nós tivemos basicamente duas grandes frentes de mobilização com muita intersecção: a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. Elas foram instrumentos de mobilização e permitiram a reconstrução da unidade das forças progressistas e populares. O fato é que, ainda que essas frentes tenham sido importantes para reorganizar a capacidade de intervenção do campo popular, elas são insuficientes para aquilo que o momento político exigia.”

Segundo ele, as duas frentes podem construir as novas pautas construir uma força política mais sólida. “Essas frentes precisam ser embriões para um movimento mais audacioso que busque constituir uma frente programática que possa ser uma alternativa de poder no país, além de se unificarem entre si. Antes, nós precisamos saber o que queremos fazer com o país, ou seja, quando a esquerda voltar ao governo, qual é o novo pacto do campo popular?”, questiona.

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