habitação popular

Ato do MTST exige do prefeito Doria continuidade dos projetos de moradia

Manifestação em São Paulo também pede política que ponha fim à violência nas ações de reintegração de posse

BRASIL DE FATO/TWITTER

Segundo o MTST, 10 mil trabalhadores participaram da manifestação, que terminou diante da prefeitura

São Paulo – Dez mil pessoas, segundo os organizadores, participaram hoje (31) da primeira manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) contra o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). O protesto é por mais agilidade da prefeitura na área habitacional e contra a violência da Polícia Militar em despejos de ocupações.

O ato teve início na Avenida Paulista, seguiu pela Rua da Consolação em direção ao centro da cidade e terminou no Viaduto do Chá, em frente à sede da prefeitura. Ao chegar no prédio da administração municipal, oito lideranças do movimento foram recebidas pelo secretário de Habitação, Fernando Chucre, e representantes da prefeitura. 

Em entrevista ao coletivo Mídia Ninja, o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, afirmou que a principal reivindicação do protesto é a continuidade dos projetos de moradia na capital. “Nós queremos que os projetos sejam licenciados e aprovados, além de haver uma política de complementação da prefeitura para viabilizar os empreendimentos de habitação popular.”

Boulos disse ainda que o movimento repudia decreto de Doria que autoriza que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) faça a remoção de colchões e cobertores da população em situação de rua. Além disso, ele afirma que será exigida uma política que proíba a violência nos despejos de ocupações, como ocorreu na Ocupação Colonial, na zona leste da capital, no início do ano.