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Mídia tradicional boicotou ações bem sucedidas de Haddad, diz Artur Henrique

Secretário municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo conta que a gestão Haddad implementou políticas públicas inéditas e transformadoras

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Artur Henrique se diz preocupado com gestão Doria e privatizações: ‘Expectativa não é das melhores’

São Paulo – As iniciativas e políticas públicas foram muitas, algumas inéditas, mas a mídia tradicional escondeu o legado da gestão de Fernando Haddad (PT)  à frente da prefeitura paulistana. A avaliação é de Artur Henrique da Silva, secretário municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, cujo mandato que se encerra no próximo dia 31, em entrevista à Rádio Brasil Atual, sobre as dificuldades enfrentadas para dar visibilidade às ações de sua pasta.

Para prestar contas de seu trabalho de três anos à frente da secretaria, ele organizou o livro Desenvolvimento, Trabalho e Inovação – a experiência da cidade de São Paulo. O secretário conta algumas medidas da gestão e diz que houve “transformações profundas” na capital paulista. “São 43 decretos ou leis ao longo dos quatros anos (de gestão Haddad) que demonstram a implementação de políticas públicas.”

Ele conta que um dos principais avanços da cidade está na política municipal de segurança alimentar. “A gente pensou uma forma de envolver essa estrutura a favor de uma política de segurança alimentar, buscando fortalecer o Conselho Municipal de Segurança Alimentar. Agora nós temos um banco metropolitano de alimentos que criamos para ajudar as regiões necessitada, que coleta e distribui alimentos para entidades cadastradas.”

Leia abaixo um trecho da entrevista:

Você lançou o livro “Desenvolvimento, Trabalho e Inovação – a experiência da cidade de São Paulo”, fala um pouco sobre o livro, que é um balanço da gestão.

O livro mostra as transformações profundas feitas na cidade de São Paulo. Ele começa com um texto do Fernando de Melo Franco mostrando a importância do Plano Diretor para a cidade.

No começo, nós pensamos em fazer uma revista sobre as principais políticas públicas mas, quando fomos juntando as coisas, a gente viu que teria que ser feito um livro. Para você ter uma ideia, são 43 decretos ou leis ao longo dos quatros anos que demonstram a implementação de políticas públicas.

Conte alguns pontos importantes que transformaram a cidade e são relatados no livro.

Tem uma surpresa muito agradável, quando o prefeito Haddad trouxe a Supervisão de Abastecimento, que já tinha sido uma secretaria, para dentro da Secretaria do Trabalho. Ela (a Supervisão de Abastecimento) envolve mercados municipais, sacolões e feiras livres.

Então a gente pensou uma forma de envolver essa estrutura a favor de uma política de segurança alimentar, buscando fortalecer o Conselho Municipal de Segurança Alimentar, que traz um diagnóstico da insegurança e insuficiência alimentar da cidade. Agora nós temos um banco metropolitano de alimentos que criamos na gestão para ajudar as regiões necessitadas, que coleta e distribui alimentos para entidades cadastradas.

Nós fizemos uma política de implementação na cidade que não existia, não havia no Poder Público uma sensibilidade para tornar isso realidade.

O Plano Diretor aprovou uma área rural na cidade para fortalecer os mais de 400 agricultores da capital. Então, esse conjunto de iniciativa feito pela gestão é interessante.

    Mas essas políticas continuam na próxima gestão?

    Nós temos bastante preocupação, pelo anúncio de algumas medidas, como a privatização dos mercados e sacolões. É importante a mobilização da sociedade para evitar retrocessos. Mas a expectativa não é das melhores.

    Em relação à mídia, você teve apoio ou “levou pancada” igual ao prefeito?

    Raras foram as vezes que tivemos uma notícia neutra sobre o que fazemos na cidade de São Paulo. Por exemplo, a gente fez uma grande feira de emprego no final de 2015 e a imprensa inteira cobriu a feira, mas não teve uma linha falando que era uma ação da prefeitura ou da secretaria. É um negócio absurdo. A gente não quer louros, mas a verdade,no mínimo. Os jornalistas diziam que havia uma ordem dos editores de não colocar o nome da prefeitura.

    Ouça a entrevista completa: