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Desastre do governo Temer abre caminho para o ‘golpe dentro do golpe’

Segundo Ricardo Gebrim, da Frente Brasil Popular, mesmo com os escândalos que envolvem Temer, a pauta do atual governo não perderá força

Mídia NINJA

Para a Frente Brasil Popular, a única saída para evitar mais retrocessos são as eleições diretas

São Paulo – Ricardo Gebrim, advogado e membro da direção nacional da Consulta Popular, que integra a Frente Brasil Popular, afirma, em entrevista hoje (12) à Rádio Brasil Atual, que a situação do governo Temer deteriora rapidamente e deixa em aberto a possibilidade de acontecer o chamado “golpe dentro do golpe”, com a retirada do apoio político liderado pelo PSDB.

“As 43 menções feitas a Temer (na lista da Odebrecht) o fragiliza ainda mais. Entretanto, alguns setores começam a ensaiar o golpe dentro do golpe. Como nos aproximamos do final do ano, a partir do dia 2 de janeiro, se Temer renunciar ou sair do cargo, teremos eleições indiretas sendo realizadas pelo Congresso Nacional. Nós já vemos uma movimentação para consumar esse processo e manter o programa de governo golpista com outro representante político”, afirmou.

Segundo Gebrim, mesmo com os escândalos que envolvem Temer, a agenda do atual governo não perderá força. “As forças econômicas que patrocinaram o golpe estão coesas com as medidas econômicas do golpe. Elas estão disputando a representação política, mas há uma unidade para a aprovação do plano de governo, como a PEC 55 (que prevê congelamento dos gastos públicos por 20 anos).”

Para o membro da Frente Brasil Popular, a única saída para evitar mais retrocessos são as eleições diretas. Ele acredita que há condições para pressionar o Poder Legislativo e realizá-las. “A Frente Brasil Popular vem reiterando as Direitas Já, porque neste momento, as eleições indiretas vão configurar uma saída política sem a soberania popular já abalada com o impeachment da presidenta Dilma. As pessoas estão percebendo que houve um golpe, mas não para enfrentar o que elas reivindicavam na época, mas um golpe contra seus direitos, suas conquistas e impedir que o Brasil pudesse se desenvolver.”

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