São Paulo – A virada de ano será marcada por ato de protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Brasília. Uma página no Facebook convoca para hoje (31) às 17h a concentração de manifestantes em área próxima à rodoviária do DF. O início previsto do ato é às 18h. Os manifestantes querem o cancelamento imediato do aumento da passagem. O aumento entra em vigor já na segunda-feira (2).

No Distrito Federal, o valor da passagem nas linhas circulares e alimentadoras do BRT passa de R$ 2,25 para R$ 2,50, com alta de 11%. Em linhas metropolitanas curtas, a passagem sobe de R$ 3 para R$ 3,50 (mais 16%); e nas demais, de R$ 4 para R$ 5, o que representa 25%. Este é o segundo aumento praticado pela gestão de Rodrigo Rollenberg no governo do Distrito Federal. As novas tarifas estão entre as mais caras do país.

Doria e Alckmin

São Paulo também terá aumento de passagens, embora o compromisso do prefeito eleito João Doria e o governador Geraldo Alckmin de manter a tarifa em R$ 3,80 durante 2017, cumprindo promessa de Doria durante campanha. O aumento virá nas integrações, e acima da inflação, que passarão a custar R$ 6,80 – alta de 14,8% sobre o preço de R$ 5,92. A inflação projetada pelo IPCA para 2016 é de 6,74%.

Os bilhetes temporais também serão reajustados acima da inflação. O Bilhete Único mensal vai de R$ 140 para R$ 190 – alta de 35,71%; o tíquete mensal de integração entre ônibus e trilhos também foi reajustado acima da inflação, de R$ 230 para R$ 300. E o bilhete 24 Horas, exclusivo para ônibus ou trilhos, passa de R$ 10 para R$ 15. E o bilhete que integra Metrô e trens aumenta de R$ 16 para R$ 20.

As gratuidades para quem tem mais de 60 anos e as tarifas de estudantes de baixa renda não foram reajustadas. O anúncio do aumento da integração e bilhetes temporais em São Paulo foi feito ontem (30) pela Secretaria de Transportes Metropolitanos do estado.