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Manifestantes protestam contra medidas do governo do Rio para corte de gastos

Pacote de cortes proposto pelo governador Pezão terá duas medidas votadas na tarde desta quarta-feira (16)

Código19/Folhapress

Policiais e bombeiros participam do ato que começou às 10h e conta com várias categorias, como servidores da Justiça e educação

Rio de Janeiro – Milhares de servidores protestam hoje (16) em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da cidade, contra o pacote de cortes do estado, que terá duas medidas votadas à tarde. Eles criticam as grades colocadas no entorno da assembleia e colocaram uma guarita com um policial de vigia, comparando a Alerj a uma penitenciária.

Além da guarita, os manifestantes puseram uma faixa de “inauguração do presídio” com os dizeres: “O presídio para políticos inimigos do povo – Alerj 1”. O ato é para protestar contra o pacote de medidas, que incluía em sua primeira versão a redução de até 30% dos salários dos servidores. O governo estadual manteve os cortes de 9 mil benefícios de aluguel social, de restaurantes populares e a extinção de órgãos públicos.

Ao anunciar as medidas, no último dia 4, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que elas são fundamentais para evitar a demissão de servidores e recuperar o equilíbrio fiscal. Caso não sejam implementadas, a previsão é de um déficit de R$ 52 bilhões até dezembro de 2018 para o estado.

Agora à tarde, serão votadas pela Alerj, duas das 21 medidas – o corte de 30% dos salários do governador, vice-governador, de secretários e subsecretários estaduais e a redução do limite para pagamento de dívidas de pequeno valor no estado.

Dezenas de policiais da Força Nacional foram convocados emergencialmente para garantir a segurança. Na semana passada, a assembleia chegou a ser depredada em um protesto. Hoje, para evitar invasões, os próprios servidores organizaram um cordão de isolamento antes das grades.

Policiais militares, civis e bombeiros participam do ato que começou às 10h e conta com a adesão de várias categorias, como servidores da Justiça e educação.

Pezão disse que a violência não trará benefício ao debate sobre a crise financeira do estado e pediu que manifestantes levem ideias e não violência à Alerj.

“Que essas pessoas que estão indo lá com violência, que levem ideias para dentro do parlamento, para a gente resolver a crise, que não é no Rio de janeiro, é a crise no Brasil”, disse o governador.

Pezão defendeu as medidas de ajuste e disse que elas buscam dar previsibilidade à folha de pagamento do estado, que, segundo ele, ainda não está garantida para os próximos dois anos. Segundo o governador, só há dinheiro para pagar dez meses de salários dos servidores ativos e inativos nos próximos dois anos.

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