eleições 2016

Oposição a Doria na Câmara de SP deve ter apenas 11 vereadores

Com pleito de ontem (2), 33 vereadores foram reeleitos e 22 iniciam mandato em janeiro. Número de mulheres dobrou e bancada evangélica agora conta com 15 vereadores

Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

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São Paulo – Dos 55 vereadores eleitos para a próxima legislatura na Câmara Municipal da capital paulista, apenas 11 devem compor a oposição ao prefeito eleito João Doria Júnior (PSDB), a partir de janeiro de 2017. Com isso, ele terá condições de propor inclusive alterações à Lei Orgânica do Município, que dependem do apoio de dois terços (37) dos vereadores para serem aprovadas. A Câmara terá 22 vereadores iniciando um novo mandato. Outros 33 foram reeleitos.

Entre os 55 eleitos, 41 fizeram parte da chapa de Doria ou compuseram a base aliada do padrinho político do prefeito eleito, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), na Assembleia Legislativa. O PT, com nove vereadores, e o Psol, com dois, devem compor desde o início o novo bloco de oposição. Ricardo Teixeira (Pros), que compunha a coligação do atual prefeito Fernando Haddad (PT), e Janaina Lima (Novo) não têm posicionamentos definidos.

Quando eleito em 2012, Haddad tinha apoio formal de 42 vereadores. No entanto, nas votações, sofreu vários reveses de parlamentares do PSD, do PMDB, do PTB e do PV, que faziam parte da base aliada do governo. Nesta legislatura, houve votações significativas, como o Plano Diretor e o Plano Municipal de Educação, e vários protestos de movimentos sociais, categorias de trabalhadores, associações de moradores, entre outros.

O número de mulheres eleitas para a Câmara dobrou entre a eleição de 2012 e a atual. Na legislatura que se encerra em 31 de dezembro, cinco mulheres exercem cargo de vereadora: Patricia Bezerra (PSDB), Juliana Cardoso (PT), Noemi Nonato (PR), Edir Sales (PSD) e Sandra Tadeu (DEM). Na próxima legislatura também estarão em mandato Adriana Ramalho e Aline Cardoso (PSDB); Soninha Francine (PPS), Sâmia Bonfim (Psol) e Janaina Lima (Novo).

Outro grupo que cresceu no legislativo municipal foi a bancada evangélica, grupo suprapartidário não oficial que reúne adeptos de várias congregações cristãs. Formado por 12 parlamentares em 2012, o grupo teve 15 vereadores eleitos ontem. Por outro lado, a Câmara terá seu primeiro vereador declarado homossexual: Fernando Holiday (DEM), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). E também duas vereadoras feministas: Juliana Cardoso (PT), reeleita, e Sâmia Bonfim (Psol).

Foram reeleitos Atilio Francisco e Souza Santos (PRB); Eduardo Tuma e Patricia Bezerra (PSDB); David Soares (DEM), Noemi Nonato (PR), Eliseu Gabriel (PSB), Edir Sales (PSD) e Ricardo Nunes (PMDB). E os novos são: Adriana Ramalho e João Jorge (PSDB); Rinaldi Digilio e André Santos (PRB); Gilberto Nascimento Jr. (PSC); e Rute Costa (PSD). Em 2015, a bancada evangélica se uniu em pautas como a retirada do termo “gênero” do Plano Municipal de Educação e a aprovação do Dia de Combate à Cristofobia, projeto vetado por Haddad.

Trinta e três vereadores foram reeleitos: Gilberto Natalini (PV); Paulo Frange e Adilson Amadeu (PTB); Senival Moura, Alfredinho, Antonio Donato, Arselino Tatto, Reis, Jair Tatto e Juliana Cardoso (PT); Atilio Francisco e Souza Santos (PRB); Aurélio Nomura, Gilson Barreto, Mario Covas Neto, Eduardo Tuma, Patricia Bezerra e Claudinho de Souza (PSDB); Conte Lopes (PP); David Soares, Milton Leite e Sandra Tadeu (DEM); Celso Jatene, Toninho Paiva e Noemi Nonato (PR); Ota e Eliseu Gabriel (PSB); José Police Neto e Edir Sales (PSD); Ricardo Nunes e George Hato (PMDB); Ricardo Teixeira (PROS); e Toninho Vespoli (Psol).

Outros 22 irão compor a nova legislatura, que se inicia em 2017: Adriana Ramalho, Aline Cardoso, Fabio Riva, Daniel Annenberg e João Jorge (PSDB); Rinaldi Digilio e André Santos (PRB); Camilo Cristófaro (PSB); Soninha Francine e Claudio Fonseca (PPS); Dr. Milton Ferreira (PTN); Eduardo Suplicy e Alessandro Guedes (PT); Fernando Holiday (DEM); Gilberto Nascimento Jr. (PSC); Isac Felix (PR); Janaina Lima (Novo); Rodrigo Goulart e Rute Costa (PSD); Sâmia Bomfim (Psol); Tripoli (PV); e Zé Turin (PHS).

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