São Paulo – Como o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014 na eleição para o governo do estado, o candidato do PSDB na eleição municipal de São Paulo, João Doria, elegeu-se hoje (2) no primeiro turno. Com 95,23% das urnas apuradas, o candidato do governador tinha 53,40% dos votos, contra 16,67% do prefeito Fernando Haddad (PT). Logo após o fechamento das urnas, pesquisa de boca de urna do Ibope previa a realização do segundo turno entre o tucano e Haddad. A previsão não se confirmou.

No último debate entre os candidatos, realizado na quinta-feira (29), Doria anunciou que “o primeiro que vamos fazer é acabar com o programa De Braços Abertos”. Prometeu também colocar a Guarda Civil Metropolitana para trabalhar em parceria com a Polícia Militar do governo para resolver questões como das pichações na cidade.

O tucano era favorito para ir ao segundo turno em primeiro lugar, mas sua eleição sem precisar de novo pleito surpreendeu. Com a vitória, Alckmin se fortalece na disputa interna do partido contra o ministro José Serra (Relações Exteriores).

Para o ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, a eleição paulistana mostra um “refluxo do PT” que se verificou em todo o país. “É uma derrota muito dura numericamente e acachapante na cidade. É um fato inédito a resolução no primeiro turno em São Paulo. Não tem precedentes”, diz.

No entanto, Amaral considera um dos fatos “auspiciosos” na eleição a votação de Haddad, mesmo com a derrota. “Mesmo não indo ao segundo turno, tenho a impressão de que ele sobrevive politicamente e se transforma numa liderança no estado de São Paulo e dentro do PT.”  Para Amaral, num contexto de crise do PT, essa afirmação da liderança do atual prefeito é “importantíssima”.