resistência

‘Já apanhamos da PM, agora vamos apanhar da GCM’, diz líder estudantil

A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, lembrou que votação de Doria, abaixo dos não votantes, reduz representatividade do eleito e pode produzir autoritarismo

Paulo Yuri Salvador/ Ubes

Camila diz que movimento estudantil continuará ocupando as ruas e resistindo contra privatização de serviços

São Paulo – A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, defendeu hoje (3) que apesar da eleição do candidato tucano João Doria Júnior ontem (2), em primeiro turno, sua representatividade popular será baixa. “Por mais que Doria tenha conseguido maioria do eleitorado, não podemos esquecer do fato de que mais de 3 milhões de pessoas não votaram em São Paulo”, disse.

“O problema é que partidos como PSDB e PMDB conseguiram se consolidar e ganharam prefeituras do PT. O mesmo PSDB do governo estadual, que rouba merenda e água. Já apanhávamos da Polícia Militar. Agora corremos o risco de apanhar também da GCM (Guarda Civil Metropolitana)”, disse Camila.

Apesar de prever o crescimento de uma política truculenta, a estudante promete que o movimento estudantil continuará ocupando as ruas e resistindo contra investidas que estimulem privatização de serviços públicos, como a educação, e retiradas de direitos. “Ontem, um grupo de mulheres trans chegou chorando a um dos comitês do Haddad onde eu estava, porque tem certeza que o Transcidadania vai acabar.” O programa concede uma bolsa para que travestis e transexuais possam voltar a estudar e participar de cursos de capacitação profissional.

“Não temos nenhum outro grande evento no país previsto para os próximos anos que anteceda as próximas eleições. A gente vai ter na prática a política ou a despolítica de cada candidato”, afirmou.

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