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No último ato de Haddad no centro da cidade, militância aposta em virada

Acompanhado pelo ex-presidente Lula e centenas de eleitores, prefeito percorreu as ruas do centro histórico. Para Rui Falcão, 'o PT sempre cresce no final'

Paulo Pinto/Agpt

Segundo Datafolha, 34% dos eleitores admitem mudar de voto. Cenário favorece crescimento de Haddad na reta final

São Paulo – Ao som do cântico “Ô…Haddad já virou…Haddad já virou…”, a campanha do prefeito Fernando Haddad fez hoje (30) o último ato no centro da cidade de São Paulo, acompanhada por centenas de militantes que demonstraram acreditar na ida do prefeito para o segundo turno. Com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da vice-prefeita, Nádia Campeão, do candidato a vice-prefeito Gabriel Chalita, do ex-senador e candidato a vereador Eduardo Suplicy, e da esposa, Ana Estela, a caminhada com Haddad partiu do Páteo do Colégio, local histórico na cidade, terminando na tradicional rua de compras 25 de Março.

“Como acontece sempre, o PT cresce no final. Estamos na beirada do segundo turno. E no segundo turno tudo é diferente, os candidatos têm tempos iguais na TV e é apenas um contra o outro”, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Para ele, a situação de Haddad na disputa paulistana é semelhante à que ocorre com os candidatos petistas Raul Pont, em Porto Alegre, e João Paulo, em Recife.

Rui Falcão afirmou que a situação deste ano é mais difícil diante de toda a campanha feita contra o PT, e que incluiu, nas últimas duas semanas, a prisão “desnecessária” de dois ex-ministros do partido. Apesar disso, o presidente nacional da legenda reforçou a tradicional força do partido na reta final da disputa eleitoral.

Pensamento semelhante tem a psicóloga Cristina Boa Nova, de 65 anos, que acompanhou todo o trajeto da caminhada. “Acho que dá pra ir para o segundo turno. Estou com esperança. E no segundo turno não tem quem derrube a argumentação do Haddad. Estou com muita esperança”, afirmou. Para ela, o candidato tucano João Doria (PSDB), apesar de “ser um nada” na política, oferece riscos tendo em vista suas propostas. “Ele quer apenas vender a cidade. Mas até domingo muitas máscaras vão cair.”

A professora Juliana Silva Xavier, de 37 anos, disse que é preciso relativizar as pesquisas eleitorais. E lembrou a própria campanha de Fernando Haddad em 2012, quando as pesquisas o colocavam sem chance de vitória. “Acho que dá para chegar no segundo turno sim.” E caso isso se confirme, Juliana acredita que será mais fácil enfrentar o candidato tucano. “O Doria não tem proposta. Num debate entre os dois, o Haddad é muito melhor”, afirmou a professora de educação infantil, enquanto, ao fundo, o verso “Ô…Haddad já virou…” ecoava no centro da cidade.

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