São Paulo – Por volta das 22h30 desta terça-feira (30), o ministro Ricardo Lewandowski demonstrou disposição de manter a sessão do impeachment até, no mínimo, as 3h desta quarta-feira (31), o suficiente para se encerrarem os discursos dos 66 senadores inscritos.

Até a meia-noite, haviam se manifestado 47 senadores. O ministro do Supremo Tribunal Federal, que preside a sessão, consultou os senadores e prometeu o reinício dos trabalhos para as 11h de hoje, quando começam a ser encaminhados os procedimentos que antecedem a votação.

O senador Hélio José (PMDB-DF), que ontem intrigou senadores aliados de Dilma Rousseff e do presidente interino Michel Temer, ao sinalizar possível mudança de posição e voto contra o impeachment, esclareceu que sua decisão estava tomada.

“Minhas dúvidas foram sanadas pelo atual presidente Michel Temer, que garantiu que as conquistas (sociais e dos trabalhadores) serão preservadas”, afirmou.

“O meu voto é sim pelo impeachment, vamos retomar o crescimento, sou do PMDB, sou um homem de partido”, discursou, depois de elogiar “o  altíssimo nível dos debates” no Senado, testemunhas de acusação e defesa, o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, e os formuladores do processo, o autor do relatório, Antonio Anastasia (PSDB-MG), servidores, profissionais da imprensa que cobriram o “impeachment com toda a isenção”. “Estarei nas trincheiras”, prometeu.