eleições 2016

Haddad revê fala sobre impeachment: ‘É golpe, porra’

Reunido com a população no sábado (13), no Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo, prefeito afirma que cada vez que dá uma entrevista no 'Estadão' tem de ficar uma semana se explicando

Antonio Cruz / ABR

Haddad revê a fala anterior: “Estão descumprindo a Constituição em um quesito básico”

São Paulo – “Cada vez que eu dou uma entrevista para o Estadão eu fico uma semana me explicando, porque do jeito que eles editam…”, disse o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no sábado (13), em encontro sobre o tema ‘O direito à cidade’, no Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo.

Na quarta-feira (10), em entrevista à Rádio e à TV Estadão, Haddad havia dito que considerava a palavra ‘golpe’ forte para identificar o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, que está em curso no Senado, e deve ter seu mérito julgado pelo plenário no dia 25 de agosto, quando dois terços dos senadores (54 parlamentares) precisarão aprovar o afastamento definitivo. “Golpe é uma palavra um pouco dura, que lembra a ditadura militar. O uso da palavra golpe lembra armas e tanques na rua”, afirmou o petista na polêmica entrevista.

“A gente erra na conversa com a imprensa, a gente tá agindo de boa fé, querendo explicar, querendo ser complexo, querendo ser professor, e eu sou cientista político, então, é pior ainda, pronto… Mas é golpe, porra, estão descumprindo a Constituição em um quesito básico”.

Haddad foi prontamente criticado por sua fala, que destoa do discurso de seu partido, sempre enfatizando o caráter golpista do impeachment, uma vez que não existe crime de responsabilidade, como define a Constituição do país, para demarcar o processo de impeachment. Diante dos arquitetos, ele retomou o tema para rever sua fala.

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