vontade popular

Em defesa de Dilma, Suplicy manda recado a Marta: ‘Ouça seus eleitores’

Ex-senador afirma que manifestações ocorridas ontem (31) em todo o Brasil devem sensibilizar os senadores, e que, se participasse da decisão, votaria contra o afastamento da presidenta

reprodução/Povo Sem Medo

‘Certamente, essas manifestações que hoje ocorrem em todo o Brasil hão de sensibilizar os senadores’, disse Suplicy

São Paulo – O ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) mandou ontem (31) um recado à sua ex-mulher, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), sugerindo que ela ouça os seus eleitores – e que se o fizer, vai votar contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A declaração de Suplicy, que é candidato a vereador, foi feita durante manifestação realizada na zona oeste de São Paulo contra o governo interino de Michel Temer.

“Por exemplo, se a senadora Marta Suplicy perguntasse a todos os eleitores que ela obteve, em 2010, quando fez campanha ao meu lado, ao lado da presidenta Dilma e do presidente Lula, acredito que diriam ‘vote não pelo impeachment'”, disse o ex-senador, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Suplicy disse que, se fosse senador, votaria contra o impeachment e defendeu a presidenta Dilma, alegando que ela não cometeu crime de responsabilidade, critério que deveria fundamentar o pedido de afastamento, mas que vem sendo desconsiderado.

“Eu, quando senador, sempre procurei saber qual era a vontade popular. Certamente, essas manifestações que hoje ocorrem em todo o Brasil hão de sensibilizar os senadores”, disse o ex-senador.

Após 33 anos de militância no PT, a senadora e ex-prefeita de São Paulo oficializou sua saída do partido em 28 de abril de 2015, com uma carta na qual afirmava que o partido é reincidente em casos de desvios éticos. O texto foi enviado às direções municipal, estadual e nacional da legenda.

A decisão de deixar o PT encerrou um processo iniciado na campanha eleitoral de 2014, quando Marta, que esperava ser indicada candidata ao governo de São Paulo, assistiu a escolha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha para o pleito. Em 2012, ela já havia se frustrado com a escolha de Fernando Haddad para a disputa da prefeitura paulistana.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside o processo de impeachment no Senado, disse que o julgamento final da presidenta Dilma Rousseff deverá ocorrer a partir do próximo dia 29.

Ouça:

Leia também

Últimas notícias