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Após uma semana, camponeses prometem manter acampamento no Incra

Eles reivindicam a manutenção de políticas públicas para a agricultura familiar e o retorno do Ministério do Desenvolvimento Agrário

reprodução/TVT

Desde a última segunda-feira (11), trabalhadores rurais permanecem acampados em área anexa ao Incra

São Paulo – Em Brasília, a ocupação da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por trabalhadores do campo completou uma semana ontem (18). Cerca de 600 camponeses que permanecem acampados em área anexa ao instituto protestam contra retrocessos anunciados pelo governo interino de Michel Temer e reivindicam a manutenção de políticas públicas para a agricultura familiar. Eles prometem permanecer acampados no local até que as negociações avancem.

“É resistir, resistir, resistir, até as nossas reivindicações serem atendidas. São direitos nossos adquiridos. A gente não está pedindo nada mais do que os nossos direitos”, afirma Ninha Cerqueira, coordenadora do Movimento Resistência Camponesa, em entrevista ao repórter Uélson Kalinoviski, para o Seu Jornal, da TVT.

Dentre as principais reivindicações, os trabalhadores pedem a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a manutenção do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), também ameaçado de corte, e maior autonomia para a Ouvidoria Agrária, órgão do extinto MDA movido para o Ministério da Justiça.

Segundo Ninha, a pressão vem surtindo efeito, e o governo interino já teria se comprometido com essas três principais reivindicações. Mas os ocupantes dizem que só deixarão o local quando as promessas forem efetivadas.

Abastecidos com alimentos produzidos por eles próprios, os trabalhadores têm vendido excedentes de feijão com preços que têm chamado a atenção da população. Produzido pelos agricultores familiares, o produto é comercializado a R$ 2 o quilo.

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