São PAulo

Petista quer CPI da Merenda durante recesso na Assembleia Legislativa

Para João Paulo Rillo (PT), está demonstrada a urgência e a relevância exigidas pelo Regimento Interno da Casa para o funcionamento do colegiado

Alesp

Rillo esteve presente nas reuniões e, embora não seja membros da CPI, protocolou pedido nesta manhã

São Paulo – O deputado estadual João Paulo Rillo (PT) apresentou requerimento, na manhã de hoje (28), propondo o funcionamento, durante o recesso de julho, da CPI da Assembleia Legislativa paulista que apura superfaturamento, desvio de recursos e pagamento de propina em contratos da merenda escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB). O pedido foi protocolado logo depois da segunda reunião do colegiado, na qual o deputado Estevam Galvão (DEM), foi designado relator pelo presidente da CPI, deputado Marco Zerbini (PSDB).

O petista argumentou que o regimento interno prevê a possibilidade de os trabalhos prosseguirem durante o recesso, se houver “urgência e relevância”. “A gravidade dos fatos, os valores envolvidos, o comprometimento de membros do alto escalão do governo de Geraldo Alckmin, de membros do Legislativo, de assessores da Assembleia Legislativa impõem que os trabalhos tenham curso durante período do recesso”, disse Rillo.

A decisão caberá aos integrantes da comissão, em votação numa próxima reunião, ainda sem data definida. Zerbini disse na manhã de hoje que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), marco para início do recesso, deve ser votada nesta semana. Porém, se houvesse um pedido de funcionamento durante do período, ele convocaria uma nova reunião da CPI ainda nesta semana.

Na manhã de hoje, foram aprovados pedidos de documentos da Operação Alba Branca que serão encaminhados para o Ministério Público, a Polícia Civil e o Tribunal de Justiça de São Paulo. Também foi encaminhado pedido de informações à Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo sobre a sindicância interna aberta pelo órgão para apurar o esquema de corrupção. Zerbini disse que não vai convocar nenhum acusado ou testemunha sem antes ter os documentos, irritando a oposição.

A oposição quer a convocação de, pelo menos, três pessoas para iniciar as apurações. O ex-presidente da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf), Cássio Chebab, que disse, em delação premiada, repassar valores a deputados federais, estaduais e funcionários do governo Alckmin; Luiz Roberto dos Santos, o ‘Moita’, ex-chefe de gabinete da Casa Civil do tucano; e Fernando Padula, ex-chefe de gabinete da Secretaria estadual da Educação.

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