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‘Eu vou viajar’, diz Dilma, depois de Planalto impor restrição a voos oficiais

Além de permitir que presidenta utilize avião da FAB apenas para ir a Porto Alegre, Temer também cortou 'provisoriamente' despesas com alimentação do Planalto

Roberto Stuckert Filho/PR/fotos públicas

Parece incomodar: Dilma tem tido recepção calorosa em todos os eventos que comparece

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff contestou hoje (4) o parecer de ontem da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, que restringe a ela o direito de uso do avião da Força Aérea Brasileira que a tem transportado desde o afastamento do cargo, em 12 de maio. O documento prevê uso da aeronave oficial apenas para voos entre Brasília e Porto Alegre, onde sua família mora. Dilma usou as redes sociais para avisar que “vai viajar”. “Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida”, desabafou em sua página no Facebook.

“Houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, provisória e interina, cujo objetivo é proibir que eu viaje. É um escândalo que eu não possa viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará… Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança, pela Constituição. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida. Eu vou viajar!”

Hoje também foi noticiada a decisão do presidente interino, Michel Temer, de cortar as despesas do Palácio do Alvorada com alimentação – o que contraria decisão recente do Senado Federal, que definiu as prerrogativas da presidente afastada. O Planalto afirma que o corte da comida do Alvorada foi temporário, mas provocou onda de indignação no Brasil e no mundo.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou pelo Twitter hoje: “No dia em que se revela destino de 70 milhões distribuídos por Sérgio Machado, governo interino corta transporte e comida da Dilma? Vergonha!”, disse.

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