plano a temer

‘Brasil precisa de reforma civilizatória e não selvagem’, diz João Felício

Presidente da CSI, que representa cerca de 180 milhões de trabalhadores, rejeita a concepção do programa do possível governo do vice-presidente Michel Temer

Roberto Parizotti/CUT

Para João Felício, desvinculação do salário mínimo com a Previdência ‘pune a população mais pobre’

São Paulo – O vice-presidente Michel Temer, por meio do documento Ponte para o Futuro, apresentou suas propostas de governo. Entre elas, há as reformas trabalhista e previdenciária, além de cortes nos programas sociais e educacionais. Para o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício, o Brasil precisa ter “reforma civilizatória e não selvagem”.

“A reforma trabalhista é uma proposta neoliberal e retira direitos que estão na lei, como 13º salário, férias, FGTS, licença-maternidade, pagamento em dobro de hora extra. O patrão é obrigado a pagar. Quando eles querem aprovar o artigo 618 da CLT no Congresso Nacional, eles querem que todos esses direitos deixem de ser garantidos por lei e passem a ser objetos de negociação com o empregador. É inaceitável. Uma região que tem um sindicato forte consegue manter esses direitos, mas em um local onde há mais fragilidade, não será possível. Isso criaria cidadãos de primeira e segunda classe”, afirma Felício, em entrevista à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

O presidente da CSI, que representa cerca de 180 milhões de trabalhadores, rejeita a concepção do programa do possível governo Temer. João repudia o plano do vice-presidente de desvincular o salário mínimo da Previdência. “O salário mínimo já é baixo, desvincular da Previdência vai rebaixar ainda mais o salário recebido pelos aposentados, punindo a população mais pobre que não tem outra forma de sobrevivência.”

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