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Mulheres vão às ruas em São Paulo contra golpe e machismo midiático

Protesto também tem como alvo Michel Temer, Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro. Concentração é na Praça Ramos, centro da capital paulista, às 18h

Reprodução/Facebook

Protesto também fará uma caminhada para ‘denunciar a mídia golpista e machista’

São Paulo – A Marcha Mundial das Mulheres e a Sempreviva Organização Feminista (SOF) vão às ruas hoje (26), em São Paulo, contra o golpe e o machismo, segundo organizadoras. O protesto também tem como alvo o vice-presidente, Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O movimento também vai repudiar matéria da revista Veja sobre a vice primeira-dama, Marcela Temer, publicada na semana passada.

Em entrevista hoje (26) à Rádio Brasil Atual, a militante da Marcha Mundial das Mulheres e da SOF Maria Fernanda Marcelino conta que o ato, que será realizado na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal, a partir das 18h, irá denunciar, além do golpe para derrubar o mandato presidencial, manifestações e declarações misóginas contra Dilma Rousseff. “Estamos indo às ruas porque a Dilma não cometeu nenhum crime, não foi citada em nenhuma ‘lista’. Além disso, por ela ser mulher, levantou reações misóginas e vamos contra esse machismo dos deputados e de parte da sociedade.”

Segundo Maria Fernanda, o protesto contará com intervenções culturais. “Queremos fazer um ato ‘para cima’, que mostre que a sociedade que queremos é criativa, tolerante e livre de violência.”

A militante diz que o movimento também irá “denunciar a mídia golpista e machista”. “Apesar da enxurrada de machismo, racismo e fascismo, nós temos vivido um momento criativo, com diversas ações. Esse ato vai contra a mídia, que impõe um padrão de comportamento, que está interessada no poder econômico e nos interesses políticos mais obscuros.”

Para a ativista, a votação do impeachment na Câmara dos Deputados (no domingo 17), mostrou que será difícil introduzir o debate de políticas públicas para as mulheres no Congresso. “Será necessário muita pressão social, porque eles (parlamentares) representam os setores conservadores. Quando eles votaram, apresentaram um padrão de família (exclusivamente) patriarcal.”

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