Brasília – Metroviários do Distrito Federal decidiram paralisar as atividades amanhã (17), dia de votação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal, a paralisação de 24 horas foi aprovada ontem (15) em assembleia geral.

A previsão do sindicato é que amanhã a situação na capital poderá ser crítica em razão de possíveis confrontos entre grupos pró e contra o impeachment, o que poderá resultar em vandalismos, saques e depredações. “A categoria metroviária teve a coragem, que deveria partir do Metrô-DF, de suspender operações em condições críticas, colocando em risco a vida de seus empregados e dos usuários”, destacou a nota.

Ainda de acordo com o comunicado, também a carência de funcionários e as precárias condições gerais do sistema metroviário levaram os trabalhadores a decidirem pela paralisação “Um dos motivos para a paralisação é a falta de empregados pela qual o Metrô-DF passa, mesmo com mais de 800 aprovados em concurso aguardando convocação. A este motivo se soma a falta de segurança que existe no sistema metroviário atualmente, que tem resultado em inúmeros incidentes”, informou o sindicato.

A assessoria de imprensa do Metrô-DF informou que já há um plano alternativo para atender à população diante do anúncio de paralisação por parte dos metroviários. A estratégia inclui a diminuição de estações em funcionamento e a liberação de catracas, caso haja necessidade.

O órgão garantiu que o metrô vai funcionar amanhã, das 11h às 23h, sendo que, a partir das 20h, apenas a estação central ficará aberta para embarque e desembarque. Depois desse horário, as demais estações funcionarão somente para desembarque de passageiros.