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Governo contesta jornal ‘O Globo’ e diz que Palácio está aberto para o povo

Em resposta a editorial, Planalto afirma que característica do governo é o diálogo, “seja com sem-terra, sem-teto, quilombolas, sindicalistas ou artistas”

Brasília – A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou hoje (1º) uma nota, no Blog do Planalto, contestando editorial de O Globo no qual o jornal afirma que a presidenta Dilma Rousseff “reconforta seu espírito ao encher os salões do Planalto com representantes de movimentos sociais sustentados com dinheiro público”. De acordo com a nota, a opinião está baseada em informações incorretas, fazendo o veículo errar “justamente naquilo que é mais caro à imprensa: a informação”.

Na nota, a Secom afirma que “o direito à opinião é um princípio inalienável de toda democracia digna do nome”. “As opiniões dos jornais, expressas em seus editoriais, reafirmam diariamente o exercício desse direito”, acrescenta, para ressaltar em seguida que “o equívoco começa quando a opinião se baseia em informações enviesadas, erros ou simplesmente desinformação”.

O Palácio do Planalto sustenta que o governo atual, assim como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caracteriza-se por manter as portas abertas a todos que queiram dialogar. E enfatiza que a origem da confusão pode ter sido “a dificuldade de compreender que uma das características do governo federal seja essa, do diálogo”. “Seja com sem-terra, sem-teto, quilombolas, sindicalistas ou artistas – como aqueles que estiveram no Palácio defendendo a democracia – o governo está aberto ao diálogo para enfrentar os problemas nacionais e construir um país melhor”, acentua o documento.

Ainda de acordo com a nota, “além de não sustentar com dinheiro público os que estiveram presentes à cerimônia de lançamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida (realizada na última quarta-feira), é preciso ressaltar que eles são os principais interessados na iniciativa que já beneficiou quase 10 milhões de brasileiros”.

A Secom também destaca que “olhar por estes brasileiros é tão importante quanto conceder subsídios à indústria para gerar mais empregos”. Em resposta ao jornal, acrescenta que, para obter a informação correta, bastava perguntar aos movimentos como eles chegaram a Brasília. Cita como exemplo pessoas como Graça Xavier, que viajou até a capital do país, segundo a secretaria, em ônibus alugado pela União Popular por Moradia, ou Aristides Veras dos Santos, secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

 

Leia a íntegra da nota:

Está no DNA do governo dialogar com toda a sociedade

O direito à opinião é um princípio inalienável de toda democracia digna do nome. As opiniões dos jornais, expressas em seus editoriais, reafirmam diariamente o exercício desse direito. O equívoco começa quando a opinião se baseia em informações enviesadas, erros ou simplesmente desinformação.

O Globo erra na edição impressa desta sexta (1º de abril) ao afirmar em editorial que a presidenta Dilma Rousseff reconforta seu espírito “ao encher os salões do Planalto com representantes de movimentos sociais sustentados com dinheiro público”. E erra naquilo que é mais caro à imprensa: a informação.

Este governo não sustenta movimentos sociais.

Este governo, assim como o do ex-presidente Lula, caracteriza-se por manter as portas do Palácio abertas a todos que queiram dialogar. Talvez a dificuldade de compreender que uma das características do governo federal seja essa, do diálogo, tenha sido a origem da confusão. Seja com sem terras, sem tetos, quilombolas, sindicalistas ou artistas – como aqueles que quinta-feira estiveram no Palácio defendendo a democracia – o governo está aberto ao diálogo para enfrentar os problemas nacionais e construir um país melhor.

Além de não sustentar com dinheiro público os que estiveram presentes à cerimônia de lançamento da terceira fase do Programa Minha Casa Minha Vida, quarta-feira, é preciso ressaltar que eles são os principais interessados na iniciativa que já beneficiou quase 10 milhões de brasileiros.

Olhar por estes brasileiros é tão importante quanto conceder subsídios à indústria para gerar mais empregos.

Bastava perguntar aos movimentos como chegaram a Brasília. Gente como Graça Xavier, por exemplo, que veio em ônibus alugado pela União Popular por Moradia: “Nos mantemos com contribuições do processo de filiação”. Ou Aristides Veras dos Santos, secretário de Finanças e Administração da Contag: “Somos sustentados pelos nossos dez milhões de associados”.


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