Guerra jurídica

Cid Gomes e advogado entram com pedidos de impeachment contra Temer

Fiel ao seu estilo polêmico, ex-governador do Ceará afirma que vice-presidente da República 'é o chefe da quadrilha política que assola e achaca o Brasil há 20 anos'

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Cid pediu que análise de seja feita pelo 1º vice-presidente, pois Cunha e Temer são do mesmo partido

São Paulo – O vice-presidente da República, Michel Temer, começa a ser alvo de pedidos de impeachment, após o desembarque do governo junto com seu partido, o PMDB. Nesta sexta-feira (1º) foram dois os pedidos contra ele, um no Supremo Tribunal Federal e outro na Câmara dos Deputados. Pela manhã, o advogado mineiro Mariel Márley Marra entrou no STF.

Ele já havia protocolado um requerimento no final do ano passado pedindo o impedimento de Temer na Câmara dos Deputados, mas o presidente da Casa e correligionário de Temer, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou o pedido. O advogado então entrou com recurso no STF hoje, argumentando que Cunha não poderia decidir sozinho. O relator do caso será o ministro Marco Aurélio Mello. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação Cid Gomes também protocolou na tarde de hoje, mas na Câmara dos Deputados, um outro pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, por crime de responsabilidade. Cid afirma que a petição demonstra a prática de seis crimes que teriam sido cometidos por Temer.

De acordo com a Agência Câmara, Cid solicitou que a análise de admissibilidade seja feita pelo 1º vice-presidente da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), já que o presidente, Eduardo Cunha, é filiado ao mesmo partido de Temer.

Ele não foge ao estilo conhecido, dele e de seu irmão, Ciro, para justificar os motivos do seu pedido, afirmando que o vice-presidente, como o senador Delcídio do Amaral, é citado em delações premiadas, além de o PMDB aparecer como beneficiário de propinas de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. “E ele é o presidente do partido, o organizador disso tudo.”

O ex-governador acrescenta, segundo a colunista: “Eu tenho dito sistematicamente que ele é o chefe da quadrilha política que assola e achaca o Brasil há 20 anos. Não quero estender essa acusação ao PMDB todo, mas os cabeças dessa quadrilha estão no partido e ele, Temer, é o cabeça dos cabeças. É impossível entregar o país a uma pessoa como essa“.

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