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‘Lula é a única liderança capaz de unificar o país’, diz CUT

Evento em São Paulo conta com o ex-presidente e dirigentes de sete centrais. 'Sabemos que tem um golpe em curso, um golpe contra a classe trabalhadora', afirma o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre

São Paulo –  O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse hoje (23),  antes da plenária nacional de sindicalistas em defesa da democracia, do Estado de direito e contra o golpe, em São Paulo, que a única liderança capaz de unificar o país é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O país precisa de uma liderança que tem biografia, que tenha liderança e legitimidade para isso”, afirmou.

O evento, organizado por CUT e CTB, além de representantes da UGT, Força Sindical, CSB, Intersindical e Nova Central, ocorreu na tarde desta quarta-feira na Casa de Portugal, na Liberdade, região central de São Paulo. Para os dirigentes, os trabalhadores são os mais prejudicados com um golpe de Estado. “Se o Congresso Nacional cassar o mandato da presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo votar popular, centenas de projetos de lei que retiram direitos conquistados podem ser votados imediatamente”, dizem em nota.

É esperada para hoje, durante o evento, a divulgação de um manifesto nesse sentido. “Sabemos que tem um golpe em curso, um golpe contra a classe trabalhadora”, disse o sindicalista.

Nobre reforçou o discurso defendido por lideranças políticas e sindicais na última sexta-feira (18), na Avenida Paulista, de que não existe elementos para que a presidenta Dilma não governe até 2018, como quer a oposição.

O dirigente também defendeu que são infundadas as denúncias contra Lula. “Não há nenhuma razão para a perseguição que o presidente Lula está sofrendo, a não ser o medo que a direita tem de disputar em 2018 com ele. Essa é a única razão de perseguir o presidente e tentar interromper o mandato da presidenta Dilma.”

Nobre ressaltou, no entanto, que há organização para impedir esse “golpe”: “Aqui no Brasil temos população organizada, centrais organizadas e sabemos o que está em jogo, sabemos por que eles querem recuperar o Estado. Para privatizar a Petrobras, para entregar o pré-sal, a terceirização, essa é a intenção. Sabemos que o que está em perigo não é só a democracia, mas também os direitos sociais que conquistamos nos últimos 20 anos”.

Questionado sobre o que os trabalhadores podem fazer contra as ameaças a Lula e ao mandato de Dilma, o secretário-geral da CUT insistiu que é preciso  denunciar “a arquitetura do golpe”. “Quem são os golpistas? É o setor do empresariado, que sempre atacou os trabalhadores, a Fiesp, um setor da mídia que não está acostumado com a democracia, nossos inimigos de sempre.”

 

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