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Gilmar Mendes, Serra e Aécio são recebidos com protesto em evento que promove golpe

Ao lado dos senadores do PSDB, ministro do STF vai a Portugal falar em 'corrupção generalizada' no Brasil. Na chegada, foram saudados com 'não vai ter golpe' por brasileiros residentes em Lisboa

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Brasileiros residentes em Portugal fizeram manifestação em defesa da democracia em frente à Universidade de Lisboa

São Paulo – Convidados a participar do 4º Seminário Luso-Brasileiro de Direito, promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, que tem como sócio e fundador o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os senadores tucanos José Serra e Aécio Neves, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o também ministro do STF Dias Tofolli foram recebidos com protesto na manhã de hoje (29), ao chegar à Universidade de Lisboa. recebidos aos gritos de “não vai ter golpe”, cerca de 50 brasileiros residentes em Portugal, promoveram uma manifestação em defesa da democracia em frente à universidade, durante a chegada dos convidados, identificados como articuladores do movimento pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Em entrevista, Bruno Araújo, um dos organizadores do protesto, ressaltou a necessidade de defender a democracia no Brasil, “que está atualmente em risco”. Declarou ainda que o movimento é apartidário, formado por professores e estudantes brasileiros, em um “ato notável de patriotismo”.

O professor Milton de Sousa, residente há cerca de um ano em Portugal, disse que os brasileiros são a favor das investigações contra a corrupção, mas alertou para o atual “seletismo” nas investigações.

O seminário, que começou hoje e vai até quinta-feira (31), tem como tema Constituição e Crise – A Constituição no contexto das crises política e econômica. Gilmar Mendes declarou que existe “um sistema de corrupção generalizado” no Brasil e que a corrupção existe “certamente no que diz respeito ao financiamento de campanhas, basta ver as listas de quaisquer empresas”.

Enquanto desembarcam em Lisboa, para tratar da crise política, Aécio Neves e Serra veem seus nomes envolvidos em casos de corrupção. Aécio é citado de maneira recorrente nos processos da Lava Jato, supostamente por receber recursos de empreiteiras envolvidas em desvios na Petrobras. Já Serra vê ser retomada, no STF, duas ações  contra ele e outros ministros do governo Fernando Henrique Cardoso, por improbidade administrativa.

O vice-presidente da República, Michel Temer, cancelou presença no encontro em função de reunião do diretório nacional do PMDB, que deve definir os rumos do partido, mas participou através de videoconferência, e garantiu que as instituições brasileiras continuam a funcionar normalmente.

Já o presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, e o ex-primeiro-ministro de Portugal Pedro Passos Coelho, ambos do Partido Social Democrata, anunciados como palestrantes, também não compareceram, alegando “problemas de agenda”.

Com informações da Agência Brasil e do portal Vermelho