No sul

Dilma: oposição tem direito de divergir, mas não pode dividir o país

Presidenta afirmou não fazer sentido conduzir Lula 'sob vara' para prestar depoimento e também condenou campanha sistemática da mídia tradicional contra o governo, fazendo uso de vazamentos

Roberto Stuckert Filho/PR

‘A oposição tem absoluto direito de divergir, mas não pode, sistematicamente, ficar dividindo o país’

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar os abusos cometidos pela Operação Lava contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não tem o menor sentido conduzi-lo sob vara para prestar depoimento se ele jamais se recusou a ir”, afirmou Dilma, em cerimônia de entrega de 320 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, na manhã de hoje (7), em Caxias do Sul (RS).

Dilma afirmou que a estratégia de vazamentos sistemáticos de informações acerca da  Lava Jato, da Polícia Federal, por agentes do Judiciário, em conluio com veículos de imprensa, “joga lama” nos denunciados, antes de qualquer julgamento. “Não podemos demonizar pessoas ou empresas de mídia, não podemos demonizar opinião diferente da nossa, mas temos que exigir respeito e dar respeito aos outros”, afirmou.

Ela reconheceu que o país passa por dificuldades, mas atribuiu à oposição parte da paralisia econômica e da crise política em curso. Para Dilma, a derrota das urnas em 2014 ainda não foi aceita pelos adversários, que tentam a todo custo antecipar as eleições presidenciais de 2018.

A oposição tem absoluto direito de divergir, mas não pode, sistematicamente, ficar dividindo o país. Não pode. Sabem por que? Porque tem certo tipo de luta política que cria um problema sistemático não só para a política, mas, também, para a economia e afeta a criação de emprego, o crescimento das empresas e ninguém fica satisfeito”, disse.

Epidemias

Em seu discurso, a presidenta também reforçou o trabalho e o combate ao mosquito Aedes aegypti, disse que o governo está empenhado na busca por uma vacina contra o vírus zika e voltou a pedir a participação da população. “Nenhum mosquito poderá vencer a determinação de 204 milhões de brasileiros.”



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