na mira de novo

Delcídio pode ter incluído acusações a Aécio em delação na Lava Jato

Parlamentares indicam que suposta – e polêmica – delação premiada do senador cita detalhes sobre envolvimento do colega tucano, além de nomes de peso do PMDB em casos de corrupção

Ag. Senado e Ag. PT / fotos públicas

Em suposta delação premiada de Delcídio (esq), senador tucano Aécio Neves volta a ser citado

Brasília – Novas informações sobre o suposto acordo de delação premiada à Operação Lava Jato feito pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) –, que envolveriam o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em denúncias de corrupção, chamaram a atenção na capital do país nas últimas horas, depois de noticiadas por veículos da mídia tradicional. Segundo jornais, pessoas que tiveram acesso ao conteúdo da delação afirmam que Aécio teria sido mencionado várias vezes por Delcídio no seu depoimento. A delação, entretanto, não foi confirmada pelos advogados de Delcídio e ainda não foi homologada.

O acordo de delação está em fase de ajustes na Procuradoria-Geral da República (PGR), para ser avaliado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos processos relacionados à operação. E o senador do PT, que está de licença médica, não fala sobre o assunto com os jornalistas.

Caso as informações sejam confirmadas de forma consistente, tornam mais complicada a situação do senador e presidente do PSDB, que já foi citado outras vezes por delatores da Lava Jato, mas teve investigação sobre sua suposta participação na operação arquivada sob alegações como falta de provas. Aécio Neves foi citado anteriormente pelo doleiro Alberto Youssef e pelo transportador de valores Carlos Alexandre Rocha, o Ceará.

Ao jornal Folha de S.Paulo, a assessoria de Aécio Neves afirmou que não iria comentar a citação pela falta de “informação concreta” sobre o envolvimento do senador com Delcídio.

Outras informações sobre as acusações feitas por Delcídio são de que, além de Aécio Neves, o ex-líder citou outros políticos do PSDB, do PT e do PMDB. Entre os peemedebistas, Renan Calheiros (AL), Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO).