judicialização da política

Para defesa de Lula, promotor deixa claro que apuração não é isenta

Advogado critica 'parcialidade' em processo 'e intenção deliberada de macular a imagem' do ex-presidente

Promotor havia antecipado intenções a revista

São Paulo – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota há pouco, contestando denúncia no Ministério Público de São Paulo, concluída hoje (9), na qual Lula é acusado de suposta ocultação de patrimônio no caso do apartamento triplex do Guarujá.

Confira a íntegra da nota:

A denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi antecipada no dia 22 de janeiro à revista Veja pelo promotor de Justiça Cássio Roberto Conserino, antes, portanto, da conclusão do procedimento investigatório. Hoje, Conserino apenas formalizou o resultado, deixando claro que a apuração não foi isenta, decorrendo tão somente da parcialidade e da intenção deliberada de macular a imagem de Lula, imputando crime a pessoa que o promotor sabe ser inocente.

Conserino transformou duas visitas a um apartamento no Guarujá em ocultação de patrimônio. A família do ex-Presidente Lula nunca escondeu que detinha uma cota-parte de um empreendimento da Bancoop, tendo solicitado o resgate desta cota no final de 2015.

O promotor responde a sindicância disciplinar no MP-SP, que é acompanhada pelo CNMP, justamente por ter antecipado o resultado antes de ter chegado ao fim das investigações.

A conduta de promotor apenas confirma que o MP-SP e o MPF estão investigando os mesmos fatos, apontando a necessidade de o STF decidir sobre qual órgão do MP tem competência para tratar do assunto.

Cristiano Zanin Martins

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