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‘Carta de Curitiba’ critica excessos cometidos pelo juiz Sérgio Moro

Manifesto de juristas da UFPR, onde Sérgio Moro leciona, critica o juiz por produzir provas de maneira 'criminosa e ilegal'

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Moro produziu provas de maneira criminosa, ilegal, além condução coercitiva de Lula, sem prévia intimação judicial

Curitiba – Em ato público na Universidade Federal do Paraná (UFPR), juristas lançaram ontem (22) documento intitulado “Carta de Curitiba”, em que reiteram a defesa de preceitos básicos garantidos na Constituição, e criticam o que chamam de excessos cometidos pelo juiz Sérgio Moro, que leciona na universidade. Também participaram do Ato em Defesa da Democracia estudantes, representantes de movimentos sociais e sindicais e advogados, que se posicionaram contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Eles denunciaram sistemáticos ataques às instituições democráticas e a semeação de ódio, intolerância e violência pela mídia tradicional.

“As concessões dos serviços públicos de rádio e televisão devem ser utilizadas como instrumento de ação política de grupos, instituições e organizações com o objetivo de desestabilizar o regime democrático”, diz um trecho da Carta, em claro recado à Rede Globo.

O chamado golpismo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que repete 1964, também foi alvo da artilharia dos juristas. Eles expressaram no documento “inconformismo republicano” à posição da entidade que é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff – mesmo sem base legal.

A “Carta de Curitiba” ainda denuncia Moro por produzir provas de maneira criminosa, ilegal, como grampos telefônicos, bem como condução coercitiva — do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — sem prévia intimação judicial.

“É preciso ter coragem para denunciar o obscurantismo que insiste em se instalar no País”, diz o documento que ainda segue aberto para assinatura da sociedade. (Para acessar a íntegra da Carta de Curitiba, clique aqui).