Análise

Ataques a Lula redobram quando economia começa a dar indícios de recuperação

Para Paulo Vannuchi, mídia e oposição se aproveitam de fragilidade econômica e de suposto combate à corrupção para tirar Lula do jogo

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Ataques políticos disfarçados de combate à corrupção visam tirar Lula do páreo

São Paulo – Os ataques quase sem precedentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, lembram as manipulações realizadas nas eleições de 1989 que culminou com a eleição de Fernando Collor de Mello, e acontece justamente no momento em que a economia começa a das sinais de recuperação. A observação é do colunista político da Rádio Brasil Atual, Paulo Vannuchi.

Sobre o suposto apartamento do ex-presidente no Guarujá, Vannuchi sugere a leitura da nota de esclarecimento do Instituto Lula, que desmonta a farsa.

O comentarista classifica a imprensa como “grande partido de oposição”, que tem nas dificuldades econômicas enfrentadas, em grande medida decorrentes do cenário externo, clima favorável á proliferação de noticiário negativo, reforçado pelas manchetes proporcionadas pela Operação Lava Jato. Para Vannuchi, a operação permite evidenciar a estratégia de ataque político disfarçada de combate à corrupção ao permitir que, em casos envolvendo agente ligados a partidos com o PSDB, em conluio com a grande imprensa, as denúncias sejam minimizadas ou escondidas.

Como mais um indicativo de perseguição, Vannuchi cita a Operação Zelotes, que investiga sonegação de impostos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), envolvendo empresas como Bradesco, Safra, Gerdau, RBS (afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul). Segundo ele, a operação deixou de lado esses envolvidos e passou a concentrar esforços em atingir Lula, chegando a tomar do ex-presidente depoimento de mais de seis horas, para explicar operações de patrocínio absolutamente legais, do ponto de vista técnico-jurídico, realizadas por seu filho.

Vannuchi avalia que as forças democráticas, especialmente o movimento popular e sindical, devem preparar ações de resistência. “Na hora que tiverem condições (os partidos de oposição e a mídia) vão acabar com os programas sociais e, nesse sentido, é preciso tirar de cena o Lula.”

Ouça o comentário da Rádio Brasil Atual:

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