mobilização

Movimentos sociais vão às ruas pela democracia e contra ajuste fiscal

Ato em São Paulo começa às 17h. Para o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, pressionar os parlamentares contra o golpe é tarefa 'daqueles que têm um compromisso com a democracia'

Roberto Parizotti/Secom CUT

Izzo: “Eduardo Cunha não tem autoridade moral para estar à frente do Congresso Nacional”

São Paulo – Movimentos sociais e centrais sindicais vãos às ruas hoje (16) para pedir o respeito às normas democráticas, e defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff, mas também farão críticas à condução da política econômica do governo federal. Os atos também pedirão o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por corrupção.

Em entrevista ao repórter Jô Miyagui para a edição de ontem do Seu Jornal, da TVT, o presidente de CUT de São Paulo, Douglas Izzo, criticou o presidente da Câmara. “Ele não tem autoridade moral para estar à frente do Congresso Nacional, e o que ele fez até agora na presidência da Câmara foram apenas manobras para que os seus interesses e de quem o apoia prevaleçam no Congresso.”

Para o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, “é inadmissível para o Brasil ter o Eduardo Cunha na Câmara”.

O ato de hoje é um contraponto às manifestações que aconteceram no último domingo (13), que reivindicaram o impeachment de Dilma, que registraram adesão popular abaixo da esperada pelos organizadores. Segundo a professora de sociologia e política, Roseli Coelho, as passeatas da oposição estão esvaziando e perdendo força. “O fato de o Cunha ser o responsável pelo dinamismo do processo, e como pesam dezenas de acusações contra ele, tenho impressão que parte das pessoas que estão lá contra a corrupção, se sentem enganadas.”

Juristas concordam que o processo de impeachment acolhido por Cunha no início do mês tem mais elementos políticos do que jurídicos. Por isso, os movimentos sociais, sindicatos e demais setores da sociedade civil que apoiam a estabilidade das instituições democráticas buscam demonstrar força nos atos de hoje.

“Uma das tarefas daqueles que têm compromisso com a democracia é fazer uma pressão sobre os parlamentares, através das mobilizações, e assim, ganharmos corações e mentes para esclarecer que não há fundamento para o processo de impeachment, para criarmos uma trincheiro para a democracia”, afirma o presidente da CUT.

Assista: