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PT quer isenção para a classe média baixa na CPMF

Paulo Teixeira (PT-SP) diz que governo saiu fortalecido de votação dos vetos e defende também taxação de heranças e grandes fortunas

Zeca Ribeiro/Câmara

Após vitória nos vetos, o deputado federal Paulo Teixeira diz que pressão pelo impeachment arrefeceu

São Paulo – Em entrevista à Rádio Brasil Atual ontem (24), o vice-líder do governo na Câmara dos deputados, Paulo Teixeira (PT-SP), afirma que o partido deve propor à presidenta Dilma a isenção da CPMF para a classe média baixa e que a contribuição seja revertida para a saúde.

Para o deputado, que falou à repórter Marilu Cabañas, trata-se de um “imposto de solidariedade social para com aquelas pessoas que não têm planos de saúde”. De fácil aplicação e fiscalização, o novo imposto poderia substituir outros, de aplicação mais complexa, como o PIS/Cofins, defende Paulo Teixeira.

O deputado acredita que o governo saiu fortalecido da votação que apreciou os vetos presidenciais, na última terça-feira (22), e que manteve as decisões da presidenta Dilma. “A gente está preocupado, primeiro, em afastar qualquer ataque ao governo e garantir que ele tenha uma base sólida”.

Segundo Teixeira, com a sequência de vitórias, a pressão pelo impeachment da presidente tende a diminuir. “Ganhou ontem em todas as matérias, e acho que a tendência agora é arrefecer. Mostrou força.”

O deputado Paulo Teixeira afirma que, passado o momento de maior turbulência, espera o sinal verde do governo para colocar pelo menos um de seus dois projetos que pretende aumentar a contribuição do andar de cima. Um dos projetos prevê a taxação das grandes fortunas e outro incide sobre grandes heranças.

Ouça a entrevista da Rádio Brasil Atual: