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Dilma diz que não há condições materiais para golpe e que jamais cogita renunciar

Presidenta criticou ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT Brasil, tentativa de tirarem do poder uma 'representante legitimamente eleita pelo voto popular'

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“Não e possível que a política comprometa a recuperação econômica”

A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (12), em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, exibida no telejornal SBT Brasil, do SBT, que não pretende deixar o cargo antes de concluir seu segundo mandato. “Jamais cogito renunciar”, afirmou ela, que criticou a tentativa de tirarem do poder uma “representante legitimamente eleita pelo voto popular”.

“Jamais cogito renunciar, porque não é possível que alguém, discordando de um processo ou de alguma política pretenda tirar um representante, no meu caso a presidenta, legitimamente eleita pelo voto popular”, afirmou. “Democracia exige respeito à instituição. Esse respeito à instituição é fundamental não é pra mim, para o meu caso, mas para todos os que vierem depois de mim”, afirmou.

“Temos que ser capazes de conviver com as diferenças e situações difíceis. Não somos mais uma democracia infantilizada. Manifestações são normais mas temos que lutar contra a intolerância. Ela divide o país e transforma manifestações em processos que levam à violência”, complementou.

“No passado até a nossa redemocratização, sistematicamente houve tentativas de golpe”, avaliou a presidente. “Esse passado não se coaduna com a nossa democracia moderna. Acho que a cultura do golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de isso ocorrer”, ressaltou.

Apesar de não achar que tenha cometido “estelionato eleitoral” por não estar conseguindo cumprir promessas da campanha de 2014, a presidenta admitiu que poderia ter investido mais em infraestrutura para levantar a economia. “Acredito que devia ter me esforçado para que o Brasil não tivesse tantas amarras pra investir”, afirmou.

O jornalista questionou ainda a presidenta sobre a possibilidade de abertura de um processo de impeachment na Câmara, mas ela disse que não iria responder. “Não antecipo situações desse tipo”, afirmou.

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