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Dilma convoca base aliada para reunião nesta segunda

Antes da reunião, presidenta assina MP do Plano de proteção ao Emprego e sanciona Estatuto da Pessoa com Deficiência

Romério Cunha/fotos públicas

Temer: “Essa especulação é um pouco fora de prumo; o que se espera do vice é que sempre ajude na articulação política”

A presidenta Dilma Rousseff convocou para hoje (6), às 18h, no Palácio da Alvorada, reunião com os presidentes e líderes de todos os partidos políticos da base aliada do governo, o chamado Conselho Político. Antes, assina a medida provisória sobre o Programa de Proteção ao Emprego e sanciona o Estatuto da Pessoa com Deficiência, no Palácio do Planalto.

Para desfazer os rumores de que deixará a articulação política, o vice-presidente da República, Michel Temer, deu entrevista coletiva hoje, quandonegou a existência de uma crise institucional no governo e rebateu as declarações da oposição de que o governo Dilma pode terminar antes do fim de seu mandato. “Fizemos uma análise da conjuntura política e estamos todos muito tranquilos em relação às providências que o governo está tomando. Fizemos essa avaliação conjuntural para revelar que o governo continua tranquilo em relação ao que vem fazendo e ao muito que fará ainda pelo país”, avaliou, após reunião de coordenação política com Dilma e nove ministros.

Segundo Temer, não há crise política no país e a relação entre o governo e o Congresso Nacional é boa, comprovada pela aprovação da maioria das matérias do Executivo enviada ao parlamento, entre elas as medidas do ajuste fiscal.

O vice-presidente comentou os rumores de que denúncias ligadas à Operação Lava Jato e à análise das contas do primeiro governo Dilma levem a tentativas de pedido de impeachment da presidente. Ele disse que a hipótese é “impensável”.

“A presidenta está inteiramente tranquila em relação a isso, todos achamos que é algo impensável para o momento atual. Vejo essa pregação com muita preocupação, porque não podemos ter uma tese dessa natureza sendo patrocinada por vários setores, temos que ter tranquilidade institucional”, ponderou.

“Um impedimento da presidenta da República poderia revelar uma crise institucional que é indesejável para o país, nisso há uma certa uniformidade dos partidos da base”, acrescentou.

Temer rebateu as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que deveria deixar a articulação política do governo, e disse que as funções fazem parte de suas prerrogativas de vice-presidente.

“Essa especulação, se vou deixar a articulação política ou não, é um pouco fora de prumo, porque, na verdade, o que se espera do vice é que sempre ajude na articulação política. Em síntese, esteja eu designado pela presidente ou não, continuarei sempre na articulação política do país, não tenham a menor dúvida disso”, afirmou, negando que se sinta “sabotado pelo PT”, como avaliou Cunha.

O vice-presidente também rebateu declarações feitas pelo presidente do PSDB, Aécio Neves, durante convenção do partido ontem, de que o governo Dilma “pode ser mais breve do que alguns imaginam”. “Esse em breve, todos esperamos que seja daqui a três anos e meio, quando haverá novas eleições”, disse. Segundo ele, o PSDB está cumprindo seu papel de oposição, mas é preciso evitar “qualquer espécie de crise institucional” no país.

“No sistema democrático, a oposição existe para ajudar a governar, quando critica, fiscaliza, pondera, quando objeta, contesta, quando ela contraria, controverte, esta ajudando a governar, esse é o papel da oposição”, avaliou.

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