Troca-troca

Além do PSB, Marta Suplicy também discute filiação ao PMDB

Senadora teve reunião com o vice-presidente Michel Temer nesta quarta-feira para tratar do assunto, mas nenhum dos dois quis adiantar detalhes do encontro

Geraldo Magela/Agência Senado

Senadora, ex-ministra da Cultura, protagonizou uma série de embates com o PT, partido onde iniciou a vida pública

Brasília – Um dos assuntos que chamou a atenção do mundo político em Brasília foi visita feita ontem (8) pela senadora Marta Suplicy (atualmente sem partido, depois que deixou o PT) ao presidente da República em exercício, Michel Temer. Marta não confirmou qualquer decisão sobre passar a integrar a bancada peemedebista no Senado, mas disse que embora esteja com negociações adiantadas para se filiar ao PSB, também tem conversado com o PMDB.

Ao ser perguntado sobre o teor do encontro, Temer manteve um tom discreto e afirmou que a reunião tratou “de vários assuntos, não apenas sobre isso”. “Falamos da conjuntura nacional e projetos do Senado, como a proposta da desoneração. A pauta não foi apenas a legenda à qual a senadora irá se filiar”, desconversou o vice-presidente.

Articulações e rejeições

Informações de bastidores são de que o PMDB tem tentado levar a senadora para a legenda, mas tem tido dificuldade nas articulações por conta das negociações que têm sido feitas entre ela e o PSB e, também, devido à rejeição observada entre integrantes da bancada peemedebista.

A senadora, ex-ministra da Cultura, protagonizou uma série de embates com o PT, partido onde iniciou a vida pública. Ela saiu da pasta antes da reforma ministerial que estava planejada. Em seguida, desferiu várias críticas ao hoje ministro Juca Ferreira, que a sucedeu no cargo. Pouco tempo depois, deu uma entrevista apontando o que chamou de vários pontos negativos ao PT dizendo que a legenda “ou muda ou acaba”.

Por fim, após sair do partido, ela foi alvo de uma ação impetrada pela executiva nacional do PT de São Paulo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reivindicando o seu mandato de senadora por desfiliação sem justa causa, com base na Lei da Fidelidade Partidária. A ação foi considerada prejudicada após decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou que o cargo, em situações do tipo, pertence aos parlamentares que foram eleitos e não aos partidos.

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