sem freio

Base aliada tenta evitar novas mudanças no PL da Desoneração

Luis Macedo / Câmara dos Deputados Sessão da Câmara que avançou pela madrugada para votar desoneração diferente do pretendido pelo governo Brasília – Líderes governistas na Câmara começam o dia […]

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Sessão da Câmara que avançou pela madrugada para votar desoneração diferente do pretendido pelo governo

Brasília – Líderes governistas na Câmara começam o dia de hoje (25) com a missão de buscar unidade na base aliada para evitar novas mudanças no Projeto de Lei (PL) 863/15, que trata da desoneração. Para isso, terão que rejeitar os mais de 20 destaques que devem ser votados também hoje – o texto-base da desoneração foi aprovado nesta madrugada, pelo plenário da Casa, por 253 votos a favor, 144 contrários e uma abstenção, mas alguns parlamentares querem mexer ainda mais na matéria.

A proposta original defendida pelo governo como uma das estratégias para o ajuste fiscal, reduziria as desonerações das folhas de pagamento de 56 segmentos da economia que recebem o incentivo desde 2011. A ideia era aumentar a alíquota sobre a receita bruta, ou seja, o faturamento de 1% para 2,5% para a indústria e de 2% para 4,5% para serviços.

No entanto, o relator do projeto, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que já tinha sinalizado excepcionalidades para alguns setores, aumentou na última hora o número de atividades que terão aumento menor das alíquotas do que o desejado pelo governo. Ainda assim o acordo foi feito.

Além das empresas de comunicação social, de call centers e de transportes, terão aumento menor da alíquota empresas de artigos de materiais têxteis, calçados e chapéus. Picciani ainda manteve em 1% as alíquotas de desonerações que foram criadas em 2011 sobre a folha de pagamento para produtores de alguns alimentos, como suínos, aves, peixes e pães.

A desoneração de 56 setores começou em 2011 para estimular atividades da economia e a geração de emprego. A medida substituiu a contribuição patronal para a Previdência, de 20% sobre a folha de pagamentos, por alíquotas incidentes na receita bruta. Para o governo, o momento agora é de reequilíbrio das contas. Pelos cálculos do Executivo, com este incentivo os cofres deixaram de arrecadar R$ 13,2 bilhões, em 2013 e, em 2014 a renúncia chegou a R$ 21,5 bilhões.

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