664 e 665

PT anuncia apoio total ao texto das MPs do ajuste fiscal

Briga no plenário, agora, está em requerimento apresentado pelo DEM que pede a retirada da matéria da pauta para debate mais aprofundado

Gustavo Lima /Câmara dos Deputados

Começa no plenário a discussão da medidas provisórias que visam ao ajuste fiscal proposto pelo governo

Brasília – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), acaba de anunciar, no plenário, que o partido fecha questão no apoio às Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665. Machado disse que a bancada não tem dúvidas sobre a sua responsabilidade na condução da política econômica do governo e também no atendimento e apoio às reivindicações dos movimentos sociais. Mas está consciente de que as MPs são resultado de várias sugestões e negociações e contaram com ampla participação dos parlamentares petistas.

A fala de Machado foi feita sob vaias de grupos que começam a ocupar as galerias, contrários ao texto das MPs. O líder aproveitou e pediu para a matéria vir a ser votada ainda hoje, uma vez que a primeira batalha a ser travada na sessão desta tarde consiste na votação de um requerimento apresentado pelo DEM que pede a retirada da matéria da pauta. O argumento do partido é permitir uma discussão mais detalhada. O requerimento teve aprovado um rito de votação nominal, que deve começar em alguns minutos. Já declararam votar pela aprovação do requerimento deputados do PSDB, DEM, PPS e do bloco das minorias.

O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), também fez um apelo aos deputados. Ele ponderou que o momento de votar as MPs é agora, por meio do bom combate, sem que os deputados se escondam em requerimentos para retirar a matéria. “Já discutimos exaustivamente as MPs na base e nas comissões especiais. A bancada do PT deve chegar por aqui em breve para se pronunciar oficialmente sobre o tema e peço que todos avaliem sobre a necessidade de se aprovar o ajuste fiscal para o país. É importante votarmos isso hoje”, disse Guimarães.

Amadurecimento

O deputado Paulo Azi (DEM-BA), que substituiu o líder Mendonça Filho (PE) ao defender o requerimento, destacou que, para a legenda, a matéria ainda não está amadurecida. “O próprio PT ficou sem deixar claras as explicações sobre as alterações nos benefícios e a repercussão dessas medidas na vida dos trabalhadores. Nossa intenção é dar mais tempo para uma discussão aberta e franca”, ressaltou.

Chico Alencar, líder do Psol (RJ), também defendeu a retirada das MPs da pauta. “Essas medidas provisórias foram divulgadas sem um acordo, um comunicado, não se ouviu de forma hábil as centrais, segmentos importantes para os trabalhadores, e trazem um conjunto de pequenas maldades. Queremos fazer o bom debate sim. Queremos ser críticos e propositivos ao mesmo tempo. Para nós, a embocadura está errada. Nossa postura não é de prejudicar a votação, mas construir um debate mais aprofundado”, acentuou.

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