DENÚNCIA

‘Acusações de Demóstenes a Caiado devem ser investigadas’, afirma Vannuchi

Comentarista convoca a imprensa a investigar o envolvimento do senador do DEM com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, aprofundando as denúncias do ex-senador Demóstenes Torres

Wilson Dias/ ABr

O motivo da reação do parlamentar cassado estar contra Caiado é uma recente entrevista do senador à Veja

São Paulo – Hoje (2), em entrevista à Rádio Brasil Atual, o analista político Paulo Vannuchi comentou a troca de acusações entre o ex-senador cassado Demóstenes Torres e o atual senador e líder do DEM, Ronaldo Caiado. O comentarista tratou o episódio como uma farsa e espera que a imprensa, juntamente com o Ministério Público, investigue o caso.

Vannuchi citou e comentou trecho de artigo em que Demóstenes afirma que Caiado era amigo de Carlinhos Cachoeira, e não se nutria apenas da amizade, pedindo para que pagassem as contas do senador nas campanhas de 2002, 2006 e 2010. “A Justiça Federal vai seguir o dinheiro nesse caso? Ou ela não está preocupada em combater a corrupção, mas apenas articulada numa ofensiva política contra o PT? É a chance de algum juiz para abrir a investigação sobre essa troca de balas entre os dois parlamentares”, afirmou o analista.

No artigo, Demóstenes afirma que o PSDB salvou o atual governador de Goiás, Marconi Perillo, que gastou muito dinheiro público para custear sua absolvição. Vannuchi indagou: “Revista Veja e Folha de S.Paulo, essa noticia será dada com destaque ou será escondida em pé de página para ninguém ler?”.

O motivo da reação do parlamentar cassado estar contra Caiado é uma recente entrevista do senador dada ao painel da Veja, na qual afirma que há uma grande decepção na sua vida e um traidor (Demóstenes Torres).

Demóstenes responde mencionando que recentemente Caiado participou da passeata no dia 15 de março, porém, não ficou em Goiás porque seria vaiado, tendo vindo para São Paulo com uma camiseta fascista. O ex-senador também lembrou o episódio, do qual foi testemunha ocular, em que Caiado resolveria um problema de Perillo no braço, na faca ou no revólver. Ao final da nota, Demóstenes diz: “Continue fingindo que é inocente e lembre-se que só não está na sarjeta, porque não tenho vocação para delator”.

Para Vannuchi, o caso envergonha os padrões políticos do Brasil, mas chama para o combate à corrupção. “Se existir algum interesse de combater a corrupção no Ministério Público, na Justiça Federal, ou outros meios, pois esse assunto tem que gerar uma investigação. Vamos ver se alguma rede de comunicação da imprensa monopolista empresarial está lembrando algo que nunca mais se falou, o mensalão tucano. Veremos se estão empenhados contra a corrupção ou estão envolvidos numa articulação golpista para aproveitar os problemas do PT para encobrir outros escândalos.”

Ouça a entrevista completa para a Rádio Brasil Atual

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