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Dilma e Perillo defendem relações republicanas e democráticas entre partidos

Em Goiânia, em evento que marcou o início das obras de um corredor exclusivo de ônibus, presidenta e governador disseram que governantes têm que trabalhar para todos, independentemente de questões políticas

antonio cruz/abr

Perillo, filiado ao PSDB, disse que já teve a “coragem” de defender Dilma dentro de seu partido

Durante o evento que marcou o início das obras de um corredor exclusivo de ônibus em Goiânia, a presidenta Dilma Rousseff e o governador de Goiás, Marconi Perillo, defenderam relações republicanas entre partidos e disseram que governantes têm que trabalhar para todos, independentemente de questões políticas.

“Somos um país democrático, em que a gente disputa durante a eleição. Acabou a eleição, eleitos aqueles que o povo escolheu, a gente passa a governar. Ele (Perillo), para toda população de Goiás, e eu, para toda população do Brasil. Somos republicamos e democratas”, disse a presidenta, repetindo uma expressão utilizada pelo governador em discurso feito momentos antes.

Ao ser anunciado no evento, o governador goiano foi mais vaiado que aplaudido pelas 3,5 mil pessoas que participavam da cerimônia no espaço onde funciona a prefeitura da capital. Ao discursar, Perillo reagiu às vaias e disse que não estava no local para ser hostilizado.

“Eu vim para receber uma presidenta legitimamente eleita e que tem o meu apoio”, disse. O governador defendeu relações republicanas entre políticos, ainda que de partidos diferentes. “O Brasil não pode ser vítima da intolerância.”

Perillo, que é filiado ao PSDB, legenda de oposição ao governo Dilma (PT), disse que já teve a “coragem de defendê-la” dentro de seu partido. “Para nós, o mais importante é o estado de Goiás e a cidade de Goiânia.”

Dilma agradeceu as palavras do governador e disse que Perillo é “parceiro dos desafios” enfrentados ao longo de seus mandatos e repetiu a necessidade de se respeitar a democracia no Brasil, conquistada com muito esforço, segundo ela. “Temos a obrigação de respeitar a democracia, o direito de todos falarem, se manifestarem, porém, de todos serem ouvidos. Por isso, eu peço tolerância e peço uma outra questão: diálogo.”