em minas

Dilma defende ajuste econômico para manter programas sociais

Segundo presidenta, diferentes medidas serão necessárias para ultrapassar a crise, e os ajustes têm o objetivo de manter programas sociais, emprego e renda

Declarações foram feitas em cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, em Araguari

A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (6) as medidas de ajuste ajuste econômico do governo e disse que o Brasil entra, a partir de agora, em uma nova fase de enfrentamento da crise. Segundo Dilma, diferentes medidas serão necessárias para ultrapassar a etapa atual, e os ajustes têm o objetivo de manter programas sociais, emprego e renda.

Segundo a presidenta, nesta fase, várias medidas diferentes serão necessárias. “Uma nova trajetória (é necessária) para que possamos crescer. Não é que queiramos voltar atrás, para algum outro momento. Não. Queremos melhorar ainda mais o que já conquistamos. Por isso, é que estamos fazendo essas correções e esses ajustes”, disse Dilma, após se referir à crise financeira internacional de 2008.

“Estamos fazendo um imenso esforço para que o Brasil continue fazendo programas sociais, mas também amplie os investimentos, tenha uma economia próspera e continue gerando emprego e renda para toda a população. Esse esforço passa por correções, mas as correções não são um fim em si mesmas. São para garantir programas como esses que fazemos”, acrescentou Dilma.

As declarações foram feitas em discurso na cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Araguari, Minas Gerais. A presidenta disse também que a terceira etapa do programa terá a meta de contratar mais 3 milhões de moradias até o final de 2018. “Com isso, vamos chegar bem perto de uma perspectiva de solucionar integralmente a questão de habitação em faixas de renda mais baixas.”

Em Araguari, a presidenta entregou as chaves de unidades habitacionais do Residencial Bela Suíça II. Serão entregues também moradias no Residencial Bela Suíça III. No total, serão 1.472 unidades. As casas têm área privativa de 44,77 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

Revisão do Minha Casa Melhor

Dilma disse o Programa Minha Casa Melhor passa por revisão, por causa da taxa de inadimplência. Segundo Dilma, o governo avalia mudanças no modelo do programa, que poderá ser incluído – de forma mais simples – no Minha Casa, Minha Vida. No fim de fevereiro, a Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do Minha Casa Melhor para novos contratos.

“Estamos revendo, porque, ao contrário do Minha Casa, Minha Vida, que tem baixa inadimplência, o Minha Casa Melhor começou com inadimplência. Então, estamos avaliando incluí-lo no Minha Casa, Minha Vida, de forma mais simples. Esse é um processo de avaliação”, informou a presidenta, após participar da entrega de unidades habitacionais do Minha Casa Minha, Minha Vida em Araguari, Minas Gerais.

Dilma Rousseff não descartou a possibilidade de retorno do Minha Casa Melhor ainda este ano. “Em 2011, fizemos ajustes (no Minha Casa, Minha Vida), o que nos obrigou a começar a contratar apenas no fim do ano. Muito provavelmente vai ocorrer. A gente vai fazendo ajustes, porque tem de discutir, construir um consenso em torno destes três anos futuros”, completou a presidenta.

Lançado em 2013, o programa facilita a aquisição de móveis e eletrodomésticos para famílias inscritas no Minha Casa, Minha Vida. A Caixa oferece a cada beneficiário do programa habitacional crédito subsidiado de até R$ 5 mil, a juros de 5% ao ano e prazo de 48 meses para pagamento. A suspensão do programa não representa mudanças para beneficiários com contratos em vigor.

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