Relações institucionais

Pepe Vargas defende ajuste fiscal e diz que medidas são de curto prazo

Segundo ministro, busca de equilíbrio nas contas neste primeiro ano de governo garante a continuidade dos programas sociais e econômicos

Marcelo Brandt/Câmara dos Deputados (24/11/2014

Vargas: “É no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste; precisamos da contribuição de todos”

Brasília – O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, defendeu hoje (12) o ajuste fiscal proposto pelo governo. Ele disse que as medidas são de curto prazo, necessárias para equilibrar as contas públicas e negou a retirada de direitos de trabalhadores com mudanças na concessão de benefícios da Previdência Social.

“Precisamos fazer o ajuste. É no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste. Precisamos da contribuição de todos dentro do governo e precisamos deixar claro aos nossos parceiros – municípios e estados – que esse ajuste tem como objetivo equilibrar o nosso processo fiscal para que, no próximo período, a gente possa dar continuidade ao projeto de desenvolvimento econômico e social do país, dando continuidade a todas as políticas públicas que a gente vem desenvolvendo”, argumentou o ministro.

Vargas participou da abertura da reunião do Sistema de Assessoramento para Assuntos Federativos, com servidores dos ministérios que fazem a interlocução entre o governo federal, estados e municípios. O discurso do ministro segue a orientação da presidenta Dilma Rousseff para que os integrantes do governo “travem uma batalha da comunicação” e “sejam claros” ao defender as políticas e decisões do Executivo.

Ao comentar as medidas provisórias 664 e 665, que tratam de mudanças na concessão de benefícios previdenciários – alvos de críticas de centrais sindicais e da oposição – Vargas voltou a dizer que as novas regras não retiram direitos de trabalhadores.

“Não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, pelo contrário, mesmo que eventualmente tenhamos que fazer determinadas correções em alguns benefícios que são direitos do povo brasileiro”, ressaltou o ministro. Segundo Pepe Vargas, as mudanças no seguro-desemprego, no seguro-defeso, no abono salarial e nas pensões são “correções para eliminar distorções e para garantir esse direito para o povo brasileiro ao longo do tempo”.

O ministro, que é responsável pela articulação entre o governo e o Congresso Nacional, também comentou a eleição do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para a liderança da bancada peemedebista na Câmara dos Deputados. Pepe disse que o governo está “tranquilo” com a indicação e que não tem problemas com o novo líder.