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FUP vê ‘tentativa desesperada’ de desmoralização da Petrobras

Para dirigente da entidade, cerco midiático visa a entregar as riquezas do pré-sal aos interesses estrangeiros

Petrobras

Para a FUP, ameaçar a existência da Petrobras é ameaçar a “nossa própria existência como nação”

São Paulo – O secretário de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta terça-feira (24), afirma que há “uma tentativa desesperada de desmoralizar a maior empresa brasileira”, em referência ao cerco midiático em torno dos casos de corrupção envolvendo a Petrobras. Segundo o dirigente, a FUP compartilha da perplexidade e indignação de artistas e intelectuais, que participam, hoje, de ato em defesa da empresa, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro.

Moraes afirma que, sem menosprezar os casos de corrupção, eles são pequenos frente à dimensão da Petrobras, empresa que classifica como “alavancadora do desenvolvimento nacional” e “fruto da luta do povo brasileiro”.

O secretário da FUP afirma que, ao longo de seus 60 anos, a empresa foi alvo de constantes ataques e que o atual episódio “é mais do mesmo”.

Perguntado se os ataques contra a Petrobras teriam como objetivo a sua privatização, Moraes vai além e afirma que a real intenção é entregar as riquezas do pré-sal aos interesses dos grupos estrangeiros.

A nós, nos parece bastante possível que essa sanha destrutiva busca desmoralizar a Petrobras e, em troca disso, entregar o pré-sal para os interesses externos, solapando o desenvolvimento nacional.”

“Por petróleo, no mundo, se mata e se morre. Todas as grandes guerras e conflitos armados recentes giram em torno desse tema.” O secretário lembra, ainda, que os Estados Unidos espionaram a Petrobras, bem como a presidenta Dilma Rousseff, e que “os tucanos não têm escondido de ninguém o seu interesse em retomar o projeto entreguista que era o modelo de concessão, implementado na presidência de Fernando Henrique Cardoso”.

Sobre as consequências de uma eventual privatização, o dirigente afirma que aumentaria o risco e dependência do país em relação aos interesses externos e, em contrapartida, ressalta os feitos da empresa, como os recordes registrados, desde o ano passado, na produção de petróleo e gás, o aumento da produção de biocombustível e o prêmio recebido no exterior, considerado o ‘Nobel’ do setor, por conta da excelência na exploração do pré-sal, “que alguns diziam que não existia”.

Ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual: