Sucessão na Câmara

Cunha ganha adesão de mais cinco legendas. PDT atrasa ingresso do bloco pró-Chinaglia

Aliados do petista atuam no convencimento aos parlamentares, argumentando que a derrota do líder do PMDB não seria uma vitória apenas para a base aliada, mas também para a oposição

Brasília – Os peemedebistas que apoiam a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara estão comemorando a adesão, de última hora, ao deputado, dos integrantes dos partidos PRTB, PTN, PMN, PRB e PSDC. Com isso, o total de votos esperados para o atual líder dos peemedebistas na Casa seriam 218. Arlindo Chinaglia (PT-SP), espera 173 votos.

O PT formalizou há menos de 30 minutos a candidatura de Chinaglia, com o apoio de bloco formado pelo PT, PC do B, PR, PSD e PROS. A surpresa foi a ausência do PDT (13 deputados) – as assinaturas dos deputados da legenda teriam chegado à mesa diretora atrasadas. Há duvidas sobre o apoio da bancada a Chinaglia por conta disso.

Em terceira colocação na disputa está Júlio Delgado (PSB-MG), do PSB, apoiado pelas legendas PSB, PSDB, PPS e PV. A previsão é de que tais legendas garantam, juntas, 106 votos para Delgado. O candidato do PSOL, Chico Alencar (PSOL-RJ), conta oficialmente, apenas com os votos da bancada do seu partido, que tem cinco deputados.

A formalização dos blocos serve para criar expectativas e medir forças em negociações e articulações. A votação secreta e a conhecida infidelidade partidária recomendam cautela de todos os lados.

Novas candidaturas

Há especulações de que alguma nova candidatura possa ser lançada de última hora, até as 17h. Caso não surja algum fato novo, tudo caminha para a eleição de Cunha em primeiro turno (para tanto, precisa de metade mais um dos votantes). O candidato do PMDB diz que tudo o que está acontecendo “consiste no cheiro da vitória”. Já os aliados de Chinaglia, mantém o otimismo.

Rito da eleição

A eleição está marcada para as 18h. Conforme informações da mesa diretora, para abrir, a sessão de votação são necessário pelo menos 257 deputados em plenário. E para que o presidente seja eleito em primeiro turno é preciso que ele receba pelo menos a metade mais um dos votos dos parlamentares presentes.

A apuração da eleição para presidente começa logo em seguida ao término da votação. Se houver segundo turno, este será realizado imediatamente. O regimento interno da Casa estabelece que, assim que o presidente for escolhido, ele mesmo deverá assumir o comando dos trabalhos – que até então será feito pelo deputado mais velho. Só a partir daí é que será iniciada a votação dos demais membros da Mesa Diretora.

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