entrevista

Fernando Haddad fala sobre Chalita, Marta, a lógica do MPL e ‘caipirismo’ do PSDB

Prefeito de São Paulo desfaz surpresa com indicação para a Secretaria de Educação, critica postura de movimento de estudantes e analisa o jogo político para 2016

Valter Campanato/ABr

Haddad e o MPL: ‘Ou levo tudo ou não levo nada; ou você me dá 100% do que estou pedindo ou você é meu inimigo’

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), recebeu o Diário do Centro do Mundo (DCM) para uma entrevista em seu gabinete no antigo Edifício Matarazzo, no Viaduto do Chá. Sem gravata, terno preto com camisa branca, o inconfundível cabelo dividido ao meio, Haddad falou sob o impacto de um novo protesto do Movimento Passe Livre, ocorrido no dia anterior.

Para ele, o MPL prefere o “tudo ou nada” a uma negociação gradual. “… a tática deles é claramente binária: ou levo tudo ou não levo nada. Ou você me dá 100% do que estou pedindo ou você é meu inimigo”.

Haddad fez também um balanço de seus dois anos de governo, falou do polêmico convite feito a Gabriel Chalita (PMDB) para a Secretaria de Educação: “Acho que as pessoas se surpreendem com o convite por não prestarem atenção aos desdobramentos e aos eventos históricos. Minha relação com o Chalita começou antes de eu ser ministro. Participamos da reforma educacional do governo federal”.

Sobre seu relacionamento com Marta Suplicy, sua possível adversária em 2016, Haddad afirmou que “sempre foi uma relação muito respeitosa — até aqui, pelo menos. Gosto muito das pessoas envolvidas nessa história (a ruptura de Marta com o PT) para dar uma opinião sobre a atitude dela”.

Sobre as ciclovias na cidade, o prefeito afirmou que “a mudança de paradigma veio para ficar. Uma vez que a malha viária é a mesma e a ideia de túneis e viadutos se provou um fracasso do ponto de vista urbanístico, qual é a alternativa para a mobilidade? O conceito está estabelecido mundialmente: transporte público, ciclovias, respeito ao pedestre. De um ponto de vista da transversalidade: como isso dialoga com saúde pública, com causas ambientais e com causas sociais. Uma agenda transversal”.

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