Relações exteriores

Dilma reafirma prioridade à América Latina, mas quer aprimorar relação com EUA

Presidenta enfatiza empenho em fortalecer o Mercosul, a Unasul e a Comunidade dos Países da América Latina e do Caribe

Fernando Bizerra Jr./efe

Presidente José Pepe Mujica, do Uruguai, prestigiou a posse de Dilma

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff garantiu no discurso de posse manter prioridade, nas relações exteriores, na América do Sul, América Latina e Caribe, “que se traduzirá no empenho em fortalecer o Mercosul, a Unasul e a Comunidade dos Países da América Latina e do Caribe (Celac), sem discriminação de ordem ideológica”. Mas observou que é preciso aprimorar o relacionamento, entre outros, com os Estados Unidos. No cumprimento das delegações estrangeiras após a posse, chamou a atenção a longa e amável conversa entre Dilma e o vice-presidente norte-americano, Joe Biden.

“É de grande relevância aprimorarmos nosso relacionamento com os Estados Unidos, por sua importância econômica, política, científica e tecnológica, sem falar no volume de nosso comércio bilateral”, discursou Dilma. “O mesmo é válido para nossas relações com a União Europeia e com o Japão, com os quais temos laços fecundos.”

Ao assegurar prioridade aos parceiros latino-americanos, Dilma aproveitou para agradecer a presença “de queridos colegas e governantes” presentes à cerimônia da posse. Estavam na primeira fileira, entre outros, os presidentes do Uruguai, José “Pepe” Mujica – com que Dilma também trocou longos cumprimentos, pouco depois –, e do Chile, Michelle Bachelet. Também estavam lá o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o vice da Argentina, Amado Boudou. Além da América Latina, a presidenta afirmou que será dada ênfase a nossas relações com a África, com os países asiáticos e com o mundo árabe”.

Ela também destacou os parceiros dos Brics (África do Sul, China, Índia e Rússia), com os quais “avançaremos no comércio, na parceria científica e tecnológica, nas ações diplomáticas e na implementação do Banco de Desenvolvimento dos Brics e na implementação também do acordo contingente de reservas”.