'Honra institucional'

Clube Militar cobra ação judicial das Forças Armadas contra relatório

Entidade volta a contestar documento da Comissão Nacional da Verdade, que 'mentiu sem pejo' em relação a 'militares honrados e leais à Nação brasileira'

Clube Militar/Youtube/Reprodução

General Pimentel: ´Relatório mente sem pejo em relação a militares honrados e leais à Nação brasileira’

São Paulo – O Clube Militar, formado basicamente por oficiais da reserva, voltou a se manifestar contra o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), divulgado no último dia 10. Desta vez, a entidade sugere que as Forças Armadas recorram à Justiça “na defesa da história e de seus integrantes”. A crítica se concentra, principalmente, na lista da CNV com nomes de agentes do Estado responsáveis por graves violações de direitos humanos, que para o clube termina recai nos crimes de injúria e difamação. “Há no seu conteúdo muitas pessoas, mortas e vivas, que em momento algum tiveram seus nomes vinculados a qualquer evento que pudesse levá-los a estar nesse relatório leviano”, diz em nota o presidente da entidade, general Gilberto Rodrigues Pimentel.

Fazendo referência ao “resultado injusto e infeliz” da investigação, que atenderia “intenções inconfessáveis”, o militar afirma que as Forças Armadas “têm obrigação de se manifestarem, até mesmo judicialmente, na defesa de sua história e de seus integrantes”. Para ele, o relatório mente “sem pejo” em relação a militares “honrados e leais à Nação brasileira, lançando-lhes a lama de falsos crimes”.

O texto cita dois nomes, dizendo não ser possível “calar diante do absurdo” da inclusão do ex-presidente e marechal Castelo Branco e do brigadeiro Eduardo Gomes. Para o clube, é “inadmissível” que a CNV qualifique como criminosa toda a cadeia de comando, envolvendo presidentes, ministros e comandantes militares.