Sucessão na Câmara

Temer recebe deputados que não votaram em Dilma e pede que revejam posição

Vice-presidente afirma que trabalha pela unidade do PMDB, sem esconder que presidência da Câmara é tema central. Eduardo Cunha recebe apoio do SDD e PT decide nesta quinta nome de seu candidato

Reunião no Palácio do Jaburu. Temer fala em unidade; Cunha não abre mão da disputa pela presidência da Câmara

Brasília – A discussão sobre como ficará redefinida a base aliada do governo a partir de agora, assim como os partidos de oposição, teve mais um capítulo nesta quarta-feira (12) com a articulação comandada pelo vice-presidente Michel Temer junto a parlamentares peemedebistas que não votaram na presidenta Dilma Rousseff.

Temer os recebeu no Palácio do Jaburu e pediu “unidade absoluta do partido”. Acentuou ainda, segundo parlamentares presentes ao encontro, que o PMDB precisa desta unidade, pelo fato de ser governo e ter um vice-presidente peemedebista atuando como interlocutor em vários temas relevantes para o país.

O encontro, que teve como objetivo tratar também do projeto que altera as regras de superávit primário por parte do Executivo, em vias de ser encaminhado ao Congresso Nacional, tratou muito mais da sucessão à presidência da Câmara dos Deputados e da dissidência que está criada com a candidatura do líder da legenda Eduardo Cunha (RJ) – que não agrada ao Palácio do Planalto.

O vice-presidente ponderou, ainda, sobre a intenção de serem realizados mais contatos entre os parlamentares e os ministérios no segundo governo de Dilma Rousseff, dentro da meta do Palácio do Planalto de estreitar esse diálogo entre Executivo e Legislativo, e de sua intenção e da própria presidenta, no sentido de colaborar para intensificar tal processo.

Apoio do SD

Numa outra frente, o deputado Eduardo Cunha divulgou que contará com o apoio dos parlamentares do partido Solidariedade (SD) que já teriam formalizado a votação no seu nome para a presidência da Câmara, na noite de terça-feira. Cunha acentuou que é candidatíssimo e não voltará atrás, ao comentar sobre todas as conversas para as quais tem sido procurado por colegas, com o intuito de demovê-lo da ideia.

Com o período complicado de definição sobre como ficarão os blocos partidários em 2015, o deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o PT reconhece viver um período de isolamento no Congresso e que, por conta disso, “é preferível uma base menor e consistente, comprometida com a governabilidade e a boa relação com o governo”.

Nesta quinta-feira (13), os deputados petistas têm reunião com os ministros Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Aloísio Mercadante (Casa Civil) para discutirem um nome de consenso a ser lançado candidato pela legenda.

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