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Clube Militar nega apoio a Marina e manifesta preferência por Aécio

Entidade diz que tucano, o 'menos pior', foi o único a ser convidado para expor seu plano de governo. Mas não compareceu, talvez pela 'mudança radical do cenário político, em seu desfavor'

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Alinhado: em 2013, Aécio referiu-se ao golpe militar de 1964 como “revolução” em evento com prefeitos paulistas

São Paulo – O Clube Militar divulgou nota para informar que não está apoiando a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, e manifestou preferência – ainda que chamando de o “menos pior” – ao tucano Aécio Neves. A entidade lembra que o candidato do PSDB foi único a ser convidado pelos presidentes dos clubes militares para expor o seu plano governo, mas não compareceu.

“Estava tudo acertado com seus coordenadores de campanha (Otávio Leite e Marcio Fortes). Infelizmente, o candidato desistiu, depois da tragédia aérea”, diz a nota, assinada pelo presidente do Clube Militar, general Gilberto Rodrigues Pimentel, em referência ao acidente que matou o então candidato do PSB, Eduardo Campos, em 13 de agosto. “A mudança radical do cenário político, em seu desfavor, parece tê-lo (Aécio) obrigado a rever seus compromissos. Avaliou que sua agenda não devia mais nos incluir. Pena também é que seus correligionários já dão sinais de aceitarem a derrota”, afirma o general.

O esclarecimento é motivo pelo fato de um outro artigo, escrito na semana passada pelo general Clovis Bandeira, ter sido interpretado como um apoio a Marina. O título do texto, Um fio de esperança, deve ser visto, diz Pimentel, “como a esperança do fim da era Lula/PT, que tantos males já causou ao país” e não como favorável à candidata do PSB.

“Observe que o texto do Gen. Bandeira, que discutimos bastante, não tem uma só palavra de elogio a Marina, muito pelo contrário. Seria total incoerência apoiá-la. Moveu-me, na oportunidade, o desejo de recolocar o Clube na mídia, no debate, do que tanto nos ressentimos, mas não se consegue isso sem um mínimo de polêmica. Assim funcionam as coisas”, escreve o general Pimentel, que disse ter sugerido o título “provocativo”.

 

 

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