São Paulo – Para o analista e cientista político Paulo Vannuchi, a mídia tradicional não respeitou a morte de Eduardo Campos ao tentar especular sobre o cenário eleitoral logo após a notícia do acidente de avião em Santos, no litoral paulista. A aeronave caiu por volta de 10h de ontem (13), depois de arremeter na primeira tentativa de pouso. Os cinco passageiros e dois tripulantes morreram.

“Não era dia de fazer especulação sobre o cenário eleitoral, mas em valorizar essa figura do excelente governador, líder político e ex-ministro de Lula que foi Eduardo Campos”, disse para a Rádio Brasil Atual. “De fato, o quadro eleitoral terá mudanças, nem as pesquisas dos próximos dias poderão ser entendidas, porque o cenário é de choque emocional e o choque emocional demora alguns dias para se transformar em vontade política.”

Para Vannuchi, as especulações no dia da morte de Campos não deveriam ser colocadas acima do respeito ao luto. “É claro, todo interesse se volta para as eleições, quase que desrespeitando o momento de luto e de funeral, para tentar correr na frente e criar impactos no processo eleitoral”, disse. “Nesse sentido, quem saiu na frente foi o Elio Gaspari (colunista do jornal Folha de S. Paulo) que pulou na frente pouco depois e já estava dizendo que o PSB era obrigado a lançar a Marina Silva na candidatura, pautando os partidos e atuando como um partido, como a mídia gosta de fazer.”

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