Tragédia

Políticos e candidatos suspendem atividades após morte de Campos; confira repercussão

Vice-presidente do PSB diz que candidato à Presidência vivia o auge de sua carreira política no momento e que tragédia ocorre no momento em que mais o Brasil precisava

Agência Brasil

Estadistas se solidarizam com morte de campos e manifestam apoio à família

São Paulo – Políticos, ministros, partidos e candidatos às eleições de 2014 manifestaram publicamente pesar pelo falecimento do presidenciável Eduardo Campos (PSB) na manhã de hoje (13), em um acidente aéreo na cidade de Santos (SP). A aeronave modelo Cessna 560 XL Citacion, prefixo PR-AFA, caiu por volta das 10h depois de arremeter na primeira tentativa de pouso. Todos os cinco passageiros e dois tripulantes morreram.

A presidenta da república, Dilma Rousseff, suspendeu as atividades da campanha por três dias ao ser informada da morte de Campos. A candidata a vice, Marina Silva, irá para Santos da tarde de hoje, assim como o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o vice-presidente da República, Michel Temer.

O primeiro-vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, divulgou nota em que lamenta a morte do presidente do partido. “Eduardo Campos vivia o auge de sua brilhante carreira política: deputado estadual, secretário de Estado de Pernambuco, deputado federal, ministro de Estado, governador de Pernambuco reeleito por consagradora maioria, oferecia sua experiência e juventude ao serviço do país”, afirmou.

Em nota, Amaral ainda destacou a coerência política do pernambucano com princípios como o da justiça social. “Perdemos Eduardo Campos quando mais o Brasil precisava de seu patriotismo, seu desprendimento, seu destemor e sua competência. Não é só Pernambuco e sua gente que perdem seu líder; não é só o PSB que perde seu líder. É o Brasil que perde um jovem e promissor estadista.”

O Partido dos Trabalhadores (PT) manifestou, em nota, “imenso pesar pelo falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos”, em acidente aéreo ocorrido na manhã de hoje (13), em Santos (SP). O partido decidiu cancelar todas as atividades públicas da campanha eleitoral de 2014, em luto oficial de três dias. “O PT se solidariza com os familiares, amigos e correligionários de Eduardo Campos neste momento de dor diante de tão grande perda”, diz o texto.

Também em comunicado, a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, manifestou “profundo pesar” pelas sete mortes. “A Rede se solidariza com seus familiares, amigos e assessores e convida a todos a manter Eduardo Campos e sua equipe em seus pensamentos.”

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, elogiou a atuação política de Campos à frente de Pernambuco. “Nada explica uma tragédia como a que aconteceu hoje. Estou chocado, como toda a população brasileira. Tudo o que podemos fazer é desejar conforto à família e aos amigos de Eduardo.”

O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, cancelou a agenda e suspendeu a campanha eleitoral em pesar pelo falecimento de Campos. “O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava”, escreveu. O senador Aloysio Nunes, candidato a vice de Aécio, disse pelo Twitter, estar “profundamente chocado com a morte do Eduardo Campos”.

A candidata do Psol, Luciana Genro, disse em nota que a morte de Campos “é uma tragédia terrível” e que a “eleição se transformou em luto”. O candidato à presidência pelo PV, Eduardo Jorge, suspendeu a campanha pelos próximos dias, em luto. “Esta perda é muito triste para o país. Eduardo Campos era uma liderança muito jovem e muito importante para o Brasil.”

A CUT lamentou, em nota, a “morte precoce e trágica de Eduardo Campos”. O presidente da central, Vagner Freitas, afirmou estender a solidariedade às vítimas do acidente ocorrido em Santos (SP) na manhã de hoje: “Toda nossa solidariedade aos filhos, esposa, mãe, todos os amigos e familiares de Campos, neto do saudoso Miguel Arraes. Político jovem, foi ministro no governo Lula e governador de Pernambuco, cargo que deixou para concorrer à sucessão presidencial nas eleições deste ano. Estendemos nosso pesar e solidariedade às famílias dos pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Gomes e Silva e ainda Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira, que também morrem neste acidente”, diz, em nota.

O senador Eduardo Suplicy (PT) lamentou publicamente o fato e disse que “o Brasil perde um grande valor em defesa da democracia e da realização de justiça.”

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirmou em nota que “o Brasil perde um grande político: jovem, dinâmico e competente. Eduardo Campos deixa uma lacuna nesta nova geração e o povo brasileiro sentirá falta de sua contribuição para um país melhor”.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, antecipou o retorno da Bolívia, onde participou da abertura do Fórum de Participação Cidadã da Unasul. Ele elogiou as características de Eduardo Campos e desejou força à esposa de Campos, Renata, e a toda família do político “por essa perda dolorosa”. “Tive o privilégio de conviver com ele no governo do presidente Lula e sua capacidade de trabalho, mas sobretudo, de fazer amigos, e sua capacidade de sedução, sempre foram marcas muito profundas de sua personalidade”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, divulgou uma nota de pesar pela morte de Eduardo Campos e relembra a relação deles quando o pernambucano era deputado federal. “Com extremo choque, profundo pesar e imensa consternação recebi a informação. Sua morte deixa uma lacuna irreparável. Somente Deus para confortar os familiares e amigos neste momento de insuportável dor”, diz a nota.

Também em comunicado oficial, o presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou lamentar  “o falecimento” de Campos. “Em nome pessoal e da corte, o ministro Lewandowski expressa o seu sentimento de pesar e presta condolências à família.”

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, suspendeu sua agenda de campanha e emitiu uma nota na qual afirma que o acidente “é uma tragédia e uma grande perda para nós. É um político de uma nova geração. Para mim o que marca foi o período em que ele foi ministro do presidente Lula, das mudanças que fez naquele momento. Fico muito triste com isso”.

O candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, afirmou em nota que o Brasil perdeu “um grande estadista, um homem público da maior qualidade, que exerceu a política com competência, honestidade e dedicação”.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou em nota que o falecimento de Campos é “uma tragédia humana e um grave problema para o processo político brasileiro”. Ele cancelou sua agenda. “Todo mundo sabe que o Eduardo Campos é uma pessoa com muita representatividade e uma postura republicana muito respeitável.”

A senadora Ana Rita (PT-ES) disse, pelo Twitter, estar “triste” com a morte de Campos e de seus assessores. “Minha solidariedade aos familiares, amigos e integrantes do PSB/Rede”. Paulo Paim (PT-RS) disse no Twitter estar “profundamente triste e chocado”. O candidato a deputado estadual pelo Rio de Janeiro pelo PSOL, Marcelo Freixo, disse no Facebook que manifesta “toda solidariedade aos familiares e amigos”.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB) disse em nota que Campos era “um político que estava elevando o nível dessa campanha presidencial”. O candidato ao senado pelo DEM-RJ, Cesar Maia, afirmou no Twiiter que a situação é “inacreditável”.

O prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), disse que “a política, o Brasil e o Nordeste perderam um dos seus representantes mais qualificados. Como deputado, governador e ministro, Eduardo Campos sempre trabalhou pelo desenvolvimento do Brasil.”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ressaltou, em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo, que Campos era um homem que trazia esperanças para o Brasil. “Eduardo respeitava os outros candidatos. Ele pensava mais nos problemas do Brasil do que na pequena política”, disse. FHC pediu que se lembre principalmente dos familiares, não só dele, mas dos pilotos e acompanhantes do candidato.

O ex-presidente já engrenou o debate eleitoral e disse que é difícil prever o que vai ocorrer no pleito de 5 de outubro. “Primeiro precisa ver se é a Marina [que será candidata] mesmo. E outra se o eleitorado será sensível a ela. Nossas posições não coincidem, mas temos algumas ideias que compartilhamos. Sobretudo de mudar a situação do pais que esta aí”, afirmou.

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